Rio terá maior esquema de segurança da história dos Jogos Olímpicos

Autoridades federais e estaduais apresentam o planejamento da segurança para os Jogos Rio 2016

Cerca de 85 mil policiais e militares vão trabalhar no maior esquema de segurança da história dos Jogos Olímpicos, na edição do ano que vem, no Rio de Janeiro, informou nesta quinta-feira a Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para o megaevento esportivo.

O efetivo será mais de duas vezes maior que o dos Jogos de Londres (42 mil homens e mulheres), segundo dados apresentados pela Comissão em entrevista coletiva realizada a pouco mais de um ano da cerimônia de abertura, marcada para 5 de agosto de 2016.

Além dos 37 mil militares já anunciados pelo Ministério da Defesa e que serão enviados principalmente ao Rio de Janeiro, o plano prevê outros 47,5 mil agentes de diferentes forças policiais. O forte esquema de segurança também inclui as cidades de Brasília, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo e Manaus, onde serão disputados jogos do torneio de futebol.

De acordo com o secretário extraordinário de segurança para grandes eventos da presidência, Andrei Rodrigues, cerca de 9 mil agentes da Força Nacional de Segurança Pública ocuparão estádios, ginásios e demais palcos de competição. Tal tarefa inicialmente estava destinada a agentes particulares contratados pelo Comitê Organizador, mas o governo optou por transferir a função.

A Polícia Federal terá 3,5 mil agentes no evento, um número 350% superior ao que havia mobilizado no Rio durante a Copa do Mundo, no ano passado. Já a Polícia Rodoviária Federal contará com 2 mil soldados, principalmente como escoltas de delegações.

O trabalho de monitoramento dos 24.863 policiais militares, policiais civis, bombeiros e guardas municipais nas ruas da capital fluminense será reforçado por 1,7 mil funcionários do Departamento Penitenciário.

O secretário destacou que, apesar da grande mobilização, a presença policial nas ruas será discreta e amigável.

O Ministério da Defesa investiu R$ 580 milhões principalmente em equipamentos de comunicação digital e de prevenção e controle de incidentes químicos, biológicos, nucleares e radiológicos, assim como de combate ao terrorismo e crimes de internet.

As autoridades do Rio destinaram R$ 765 milhões para a compra de equipamentos, delegacias móveis, plataformas de observação e câmeras para helicópteros. De acordo com Rodrigues, o plano foi montado a partir da experiência que o Brasil acumulou na organização de grandes eventos nos últimos anos.