Rivellino critica preocupação excessiva com marcação e diz: “moleque talentoso é ‘vagabundo’”

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2015 14h27
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Futebol - Copa do Mundo de 1974: O meia Rivellino durante jogo da seleção brasileira na Copa de 1974, na Alemanha. (Alemanha. Foto de Folhapress) (Foto: Folhapress) Folhapress Referência

Ídolo de Corinthians, Fluminense e da Seleção Brasileira nas décadas de 1960 e 1970, Roberto Rivellino imortalizou a camisa 10 por onde passou. Hoje, porém, o “Reizinho do Parque” lamenta a falta de jogadores com essas características.

“Acabou, você não vê mais o 10”, comentou Rivellino, em conversa exclusiva com a Rádio Jovem Pan. O ex-jogador revelou que, em sua opinião, o último 10 fantástico foi Zidane, com “menção honrosa” para Alex e Juninho Pernambucano, que tem estilos um pouco diferentes.

Segundo ele, a grande responsabilidade disso é da cultura que se instaurou, desde as categorias de base, de que o futebol precisa de marcação. Isso, na opinião de Rivellino, mata o talento dos garotos.

“Moleque talentoso é ‘vagabundo’. Eu era assim, não marcava, eu ‘ocupava espaço’. Gosto de usar essa frase do Guardiola para explicar. Hoje a preocupação é só marcar”, disse.

Rivellino ainda aponta que com essa preocupação as bases geram poucos jogadores de talento, diferenciados. Para ele, o único time que tem um pouco dessa característica de formar atletas ofensivos é o Santos.

“Já estamos no segundo turno do Campeonato Brasileiro e não surgiu ninguém. Na minha época tinham uns quatro, cinco ‘diferenciados’ que apareciam nas competições”, ressaltou.

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