Roger admite necessidade de títulos e nega inspiração europeia: “Tite é o nº 1”
Roger Machado é um dos técnicos mais promissores do Brasil
Roger Machado é um dos técnicos mais promissores do Brasil“É importante ser lembrado como um dos nomes mais promissores do futebol brasileiro. Mas a responsabilidade também aumenta“. As palavras ditas por Roger Machado revelam, em partes, o que o novo técnico do Atlético-MG almeja para 2017: títulos.
Depois de bons trabalhos em Juventude e Novo Hamburgo e excelente atuação à frente do Grêmio, o principal expoente da nova geração de técnicos brasileiros agora vê a necessidade de fazer o seu nome ser lembrado por resultados – e não só por bons desempenhos.
O primeiro objetivo – o de exibir uma filosofia para o País – foi cumprido. Agora, é a hora de partir para o próximo passo: o de coroar bons trabalhos com taças – sem elas, afinal, grandes clubes não sobrevivem.
“Eu considero 2017 um ano muito importante não só para mim, como para o Atlético-MG. O Atlético-MG precisa da confirmação de boas campanhas com a conquista de títulos, e eu também”, admitiu Roger Machado, em entrevista exclusiva a Raphael Thebas, para a Rádio Jovem Pan.
“Depois da expectativa gerada em cima de bons trabalhos, a confirmação vem em forma de títulos. Não há como fugir disso. Por isso, também, eu escolhi treinar o Atlético-MG. Aqui, tenho estrutura e material humano para ganhar as competições que, no ano passado, não foram conquistadas“, acrescentou o treinador, destacando a necessidade que tanto o clube mineiro quanto ele próprio têm de erguer taças na temporada que está prestes a começar – o time alvinegro, mesmo com um dos elencos mais caros do Brasil, não ganhou nenhum título em 2016.
E essa necessidade já incomoda. Afinal, se foi multivencedor como jogador, faturando títulos do Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Gaúcho, Roger Machado ainda não subiu ao topo do pódio como técnico.
Pelo menos de maneira oficial.
No íntimo, afinal, o ex-treinador do Grêmio se considera parte importante do título da Copa do Brasil do ano passado – ele deixou o clube gaúcho entre as duas partidas das oitavas de final, menos de três meses antes de Renato Gaúcho faturar a taça, em dezembro.
“Eu acredito que nenhum profissional do futebol brasileiro chegue em um clube e construa do zero uma equipe vitoriosa. É natural que os trabalhos anteriores pautem os próximos. Fiquei quase dois anos no Grêmio, e, se não houve uma conquista imediata, o Renato conseguiu colocar o seu estilo dentro de uma base construída…”, avaliou.
Europeu? Referência é Tite!
Ainda durante a entrevista exclusiva a Raphael Thebas, Roger Machado se recusou a cruzar o Atlântico para eleger um técnico que o inspirasse. O comandante do Atlético-MG não hesitou em escolher Tite como principal referência para a sua carreira – os dois são muito próximos e trabalharam juntos quando Roger ainda era jogador, no Grêmio.
“Eu não preciso ir longe para buscar (uma inspiração). Eu prefiro ficar no Brasil. O mesmo que me referenciou como um dos nomes que podem despontar no futebol brasileiro é quem eu vou referenciar: o Tite. Eu não preciso ir lá fora. Nós temos melhores aqui dentro. Lá fora, há grandes profissionais. Mas eu prefiro falar dos meus aqui. O Tite, para mim, é o número 1“, decretou.
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