Romário afirma temer vinda de Marin ao Brasil para depor na CPI do futebol
Prestes a iniciar os trabalhos frente à CPI do Futebol, da qual é presidente, o senador Romário (PSB-RJ) não pretende facilitar a vida de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, preso na Suíça desde o fim de maio, acusado de estar envolvido em um sistema de corrupção na Fifa. Em visita ao país europeu, o ex-atacante concedeu entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” e garantiu que não aceitará pedidos para que o cartola, de 83 anos, deixe a prisão para vir depor no Brasil. A intenção do parlamentar é ouvir Marin na cadeia mesmo.
“Vamos montar uma missão e viajar até Zurique para isso. Mas não queremos que o Marin volte ao Brasil. Sabemos o que vai ocorrer se ele viajar”, afirmou Romário, para complementar em seguida:
“Se eu receber um requerimento para ouvi-lo aqui eu vou rasgar em público. Pode ter certeza de que quem fizer esse requerimento está recebendo algo por fora”.
A preocupação de Romário se justifica, segundo ele, pelo fato de a CBF exerce muita pressão sobre na Câmara dos Deputados de acordo com sua conveniência. No entanto, de acordo com o parlamentar, isso não ocorrerá no Senado Federal, onde a CPI será conduzida.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), escolhido por Romário, será o relator da CPI, que terá 180 dias para investigar possíveis irregularidades em contratados da CBF em jogos da Seleção Brasileira, na Copa do Mundo e na Copa das Confederações.
A Comissão terá 11 parlamentares e oito suplentes. Dentre estes parlamentares está o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL). À publicação, Romário afirmou que Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero, ex e atual presidentes da CBF serão ouvidos pelos membros da CPI.
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