Rosberg lidera de ponta a ponta na Espanha e vence pela primeira vez no ano

  • Por Agência EFE
  • 10/05/2015 11h03
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EFE Rosberg liderou de ponta a ponta e venceu GP da Espanha

Cabisbaixo e abatido com o próprio desempenho nas quatro corridas anteriores, o alemão Nico Rosberg (Mercedes) ganhou a injeção de ânimo que precisava para a sequência da temporada ao vencer o Grande Prêmio da Espanha de Fórmula 1 neste domingo e subir ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez em 2015.

Pole position no Circuito da Catalunha, Rosberg manteve a ponta na largada e só a deixou em um momento, durante a segunda parada para troca de pneus, quando andou por alguns minutos atrás do companheiro de equipe, o britânico Lewis Hamilton.

No entanto, a briga do atual campeão neste domingo foi pelo segundo lugar, perdido por ele na largada para o também alemão Sebastian Vettel (Ferrari). O defensor do título permaneceu atrás por mais da metade da corrida, mas ganhou a posição na estratégia, fazendo uma parada a mais, deixando o tetracampeão em terceiro.

Com a primeira vitória em 2015, Rosberg foi a 91 pontos no campeonato, 20 a menos que Hamilton, que venceu três vezes e ainda é líder do Mundial. Vettel, que triunfou na China, ficou um pouco para trás, em terceiro, com 80.

O quarto colocado da temporada é o finlandês Kimi Raikkonen, que fez de tudo nas últimas voltas para ser quarto também na prova, mas não conseguiu ultrapassar o compatriota Valtteri Bottas (Williams) e tem 52 pontos.

Depois de ter largado na nona colocação, o brasileiro Felipe Massa ficou em sexto, posição que também ocupa no campeonato. O paulista vinha em quinto, mas agora tem 39 pontos, três a menos que Bottas, seu companheiro de equipe.

O outro representante do Brasil no grid, Felipe Nasr, não teve um bom fim de semana na primeira corrida europeia de seu ano de estreia na F-1 e foi apenas 12º. Além dos seis primeiros, ficaram à frente do brasiliense, da sétima à 11ª colocações, nessa ordem: Daniel Ricciardo (Red Bull), Romain Grosjean (Renault), Carlos Sainz Jr. (Toro Rosso), Daniil Kvyat (Red Bull) e Max Verstappen (Toro Rosso).

Quem mereceu menção honrosa em Barcelona foi o principal piloto da casa, Fernando Alonso. O bicampeão mundial andou por bastante tempo em sétimo lugar e tinha chances de conquistar os primeiros pontos da McLaren em 2015, ano da retomada da parceria com a Honda, mas teve que abandonar devido a problemas no freio.

A próxima corrida do calendário da principal categoria do automobilismo é o Grande Prêmio de Mônaco, que acontecerá nas ruas do principado daqui a duas semanas.

Na largada, Vettel, que saiu em terceiro, atacou e ficou com a segunda posição de Hamilton. Bottas também esteve perto de passar, mas não conseguiu e ainda passou a ter Raikkonen em seu encalço, em quinto. Massa largou bem, mas foi à areia e acabou subindo “apenas” para oitavo.

Não demorou para que Rosberg fosse abrindo na ponta. Vettel não encostava e Hamilton não conseguia atacar o alemão da Ferrari, o que deixava a corrida sem mudanças nas cinco primeiras posições. Massa foi para cima dos carros da Toro Rosso e na sexta volta já era sexto colocado, mas ainda longe da dupla de finlandeses.

O defensor do título enfim encostou no tetracampeão mundial no 11º giro, mas não teve chances para ultrapassar. Para piorar para o piloto da Mercedes, a equipe não foi bem na primeira troca de pneus, quatro voltas depois, e ele voltou três segundos atrás. Por outro lado, na parada de Rosberg não houve falhas, e o alemão teve cerca de seis segundos de frente para Vettel.

Enquanto quase todos os pilotos da dianteira trocaram pneus médios por outros médios, Raikkonen repetiu a estratégia que há três semanas o levou ao pódio, colocando compostos duros. Em um primeiro momento, isso facilitou a vida de Massa, que se aproximava para brigar para ser quinto. Depois, porém, o vencedor do Mundial de 2007 abriu frente.

Hamilton voltou a se aproximar de Vettel na 20ª volta, mas o Circuito da Catalunha não tem muitos pontos de ultrapassagem, e o britânico não encontrava meios para atacar. O bicampeão sentiu o gostinho de passar por um concorrente apenas no giro 33, quando antecipou a troca, voltou dos boxes de pneus duros e rapidamente deixou Raikkonen, que tinha uma parada a menos, para trás. Seis voltas depois, a “vítima” foi Bottas.

Um dos últimos a trocar pela segunda vez, Rosberg voltou atrás do companheiro de Mercedes, que, contudo, apostou na estratégia de usar um jogo de pneus a mais, assim como Massa, de olho na disputa pelo segundo lugar. E a tática deu certo, já que Hamilton voltou do pit na frente de Vettel.

Houve expectativa de briga pela ponta, já que Hamilton tinha pneus mais novos, mas o britânico preferiu não arriscar. A principal disputa da parte final da corrida então foi pela quarta colocação, com grande pressão de Raikkonen sobre Bottas. Entretanto, o piloto da Williams resistiu e se manteve à frente.

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