Rumo ao futebol chinês, Paulo André confirma que invasão ao CT influenciou decisão
Depois de cinco anos no Corinthians, Paulo André anunciou nesta quarta-feira seu desligamento com o clube. O destino é o futebol chinês, o Shanghai Shenhua, clube no qual já passaram Anelka e Drogba. “É um projeto audacioso, uma cidade com estrutura e desenvolvimento, que fez com que eu ficasse intrigado e buscasse iniciar uma nova fase na carreira do outro lado do mundo”.
Aos 30 anos, o zagueiro lembrou que recebeu propostas no meio e no fim do ano passado, mas que desta vez não pode recusar. “Eu pedi pra a diretoria, e eles me liberaram. Sou muito grato por isso”. O tom de agradecimento seguiu para comissão técnica, funcionários e torcida corintiana.
“Vou ficar com saudades. Foi muito aprendizado e muitas alegrias, e mesmo nas derrotas e momentos difíceis conseguimos superar e são lembranças que vão ficar guardada para o resto da minha vida. A derrota para o Flamengo na Libertadores, em 2010, quando saímos aplaudidos, a conquista do Brasileirão 2011, no Pacaembu diante do Palmeiras e a ida para o Mundial, no aeroporto, com todas aquela gente, são momentos marcantes”.
Com sentimento de dever cumprido, Paulo André destacou que aprendeu muitas lições e a receita de fazer um time campeão e se despede com a certeza de que fez o melhor, dentro e fora de campo.
As ações fora das quatro linhas, como líder do Bom Senso FC, que foram alvo de algumas críticas e levaram o jogador a divulgar uma carta na última segunda-feira ele garantiu que não irá largar.
“O movimento continua da mesma forma. Estarei presente via redes sociais e ajudando com ideias. Não é porque tem jogador indo para o exterior que vai acabar. Ainda tem muita coisa a ser mudada no futebol, e há uma equipe trabalhando, entre atletas e não atletas”.
Os cinco anos no Corinthians também ensinaram o atleta a lidar com a cobrança da torcida, mas o incidente da invasão ao CT Joaquim Grava, no início do mês, o assustaram. “Todos entendemos que foi um dia complicado e espero que o Corinthians e nenhum outro clube passem por isso. Não há medo que aconteça novamente, porque a segurança foi reforçada, mas todos se preocupam com sobrevivência e tranquilidade para trabalhar. Não foi um fator preponderante, mas há um quê de importância na minha decisão de sair”.
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