Santos 1 x 2 Palmeiras: “O melhor jogo do Paulista”, afirma Mauro Beting
O Palmeiras buscou uma virada que parecia improvável e derrotou o Santos, na Vila Belmiro, por 2 a 1, com dois gols após 40 minutos do segundo tempo. E o mais surpreendente: o melhor jogador do time de Eduardo Baptista foi o goleiro Fernando Prass, que realizou defesas complicadas durante a partida.
O resultado coroa uma sequência difícil, com duas vitórias em clássicos e uma pela Libertadores da América. Além disso, o Palmeiras, que jogou com força máxima, confirmou a classificação antecipada para a próxima fase do Campeonato Paulista, alcançando os 21 pontos no Grupo C.
Para o Santos, que também jogou com o time completo, a derrota em casa foi um desastre. O time desperdiçou a chance de ficar na primeira colocação do Grupo D. Pior: a equipe de Dorival Júnior continua fora da zona da classificação, em terceiro lugar, com 13 pontos. Foi a terceira derrota do Santos em clássicos neste Paulistão, a segunda em casa.
As atuações de Fernando Prass e Vladimir explicam o motivo do 0 a 0 ter persistido após os primeiros 45 minutos. Cada um dos goleiros fez ao menos duas defesas excepcionais na etapa inicial Se o Santos foi ligeiramente superior na maior parte do primeiro tempo, o Palmeiras também mostrou sua força.
Foram dois estilos de jogo diferentes. O time de Dorival mantinha a posse de bola, apostava mais na triangulação e principalmente na velocidade de Bruno Henrique, um temor para Jean e para todo o sistema defensivo do Palmeiras.
Como era esperado, o duelo particular entre Lucas Lima e Felipe Melo tomou conta do meio de campo. O santista tinha certeza de que poderia cavar a expulsão do volante palmeirense. E quase conseguiu após uma sequência de duas faltas duras. Em uma delas, Felipe Melo recebeu cartão amarelo.
O Santos assistia a uma repetição do que aconteceu contra o The Strongest, no meio de semana, quando perdeu uma série de gols. Prass estava sempre em cima do lance e defendia chutes complicados de Bruno Henrique e Ricardo Oliveira. Quando isso não acontecia, a trave parava o time Vila (duas vezes). Além disso, Vitor Bueno perdeu um gol incrível, sem goleiro, após receber uma cruzamento certeiro.
Já o Palmeiras precisou alternar o posicionamento de seus atacantes e apostar na velocidade para chegar à área de Vladimir As saídas com Keno foram a melhor arma da equipe de Eduardo Baptista. Borja só não abriu o placar graças às defesas de Vladimir.
Guerra foi sacado no intervalo. Baptista colocou Egídio em campo e deslocou Zé Roberto para o meio de campo. Mas as alterações que fizeram a diferença viriam depois, com as entradas de Roger Guedes e Willian, dando mais poder de fogo ao time.
Ricardo Oliveira, enfim, superou Fernando Prass aos 29 minutos do segundo tempo, com o atacante aproveitando um cruzamento de Victor Ferraz, que ganhou de Egídio. O Palmeiras, no entanto, não se abateu. E foi objetivo.
Primeiro com o lateral Jean, aos 40 minutos, que recebeu boa bola de Róger Guedes e bateu cruzado, vencendo o Vladimir. Aos 42 minutos, em outra jogada de Róger Guedes, Willian empurrou para o gol, selando uma vitória do Palmeiras marcada pela eficiência na hora certa.
Após o grande triunfo no clássico, o Palmeiras voltará a campo na quarta-feira, às 20h30min, contra o Mirassol, no Allianz Parque. No mesmo dia, o Santos buscará a reabilitação diante do São Bento, às 19h30min, em Sorocaba.
Opinião JP
Para os comentaristas da Jovem Pan, Mauro Beting e Bruno Prado, Santos e Palmeiras fizeram o melhor jogo do Campeonato Paulista deste ano e relembram os grandes clássicos disputados nas décadas passadas, com muitas chances de gols criadas para ambos os lados e com grandes atuações dos dois goleiros, Vladimir e Fernando Prass.
“O Palmeiras saiu atrás, foi em busca do empate, mas eu não esperava a virada. Pelo que foi o jogo, a virada era algo impensado. Independente de quem venceu, ou perdeu, foi um jogo sensacional, incrível. As duas equipes jogaram muita bola e não faltou emoção”, disse Bruno Prado.
Mauro Beting lembrou também do duelo válido pela semi do Paulistão de 2016, quando o Palmeiras empatou com dois gols nos minutos finais. Mas, diferente daquele confronto, quando o Santos saiu vitorioso nos pênaltis, dessa vez o time comandado por Eduardo Baptista levou a melhor e conseguiu a virada.
“Hoje foi o melhor jogo do Paulista, se não o melhor do ano. Quando se tem a quantidade e qualidade do Palmeiras, tudo pode acontecer. Hoje o Palmeiras venceu. Mas, se hoje o jogo terminasse empatado, ninguém poderia reclamar. Ganhou o futebol, que este espetáculo apresentado por Santos e Palmeiras”, concluiu.
Ouças os gols da partida entre Santos e Palmeiras:
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