Santos joga mal, perde série invicta e mantém jejum contra a Ponte
Provando do próprio veneno e correndo atrás dos contra-ataques velozes e eficientes da Ponte Preta, o Santos perdeu na manhã deste domingo (13) uma invencibilidade que se arrastava há 13 partidas, sendo dez no Brasileirão. No Moisés Lucarelli, com gols de Bady, Ferron e Borges, a Macaca anotou 3 a 1, espantou um jejum de seis jogos sem vencer e já esboça reação em sua luta contra a proximidade da zona de rebaixamento. Já a briga do Santos pelo G4 vai precisar esperar um pouco mais…
Sonolento em campo no início de uma série de três jogos em domingos de manhã – os próximos serão contra Corinthians e Fluminense -, o Peixe bateu cabeça e começou a se complicar logo no comecinho.
Foi aos oito minutos que a tragédia começou a se desenhar, em um lance de desatenção da defesa alvinegra. Após batida de Felipe Azevedo de fora da área, Vanderlei foi lento e só conseguiu espalmar para a frente. No rebote, Borges cabeceou e o goleiro santista se redimiu do primeiro lance com uma defesaça. Mas a bola sobrou mais uma vez, e Bady não perdoou. Vale citar que durante todo esse lance a defesa do Santos não acreditou que fosse dar em alguma coisa e protagonizou um show de horrores em relação ao posicionamento.
Apesar de chegar atrasado em todas as bolas, o que deixou o lado direito da defesa pendurado com cartão amarelo desde os primeiros minutos, o Santos tentou reagir com um chute de Ricardo Oliveira bem defendido por Marcelo Lomba. Não era dia… Aos 22, Bady cobrou falta e Vanderlei saiu de soco, mas foi derrubado pelo parceiro David Braz e ficou estatelado na área. No desvio de Renato Chaves, a bola sobrou para Ferron cabecear tranquilo diante de uma defesa passiva. O Santos não teve nem coragem de pedir falta naquele lance.
Gabigol ainda meteu uma bola no travessão, mas o Santos seguiu dormindo em campo diante de um rival ativo, veloz e eficiente. Resultado? Terceiro gol, aos 43, após cruzamento de Rodinei, cabeceio de Felipe Azevedo na trave e sobra com Borges, totalmente livre. De novo o Santos desistiu do lance antes da Ponte. Assombroso.
O segundo tempo, antes de falar qualquer outra coisa, teve um protagonista: Vanderlei, goleiro do Santos. Mesmo com a ousada substituição de Daniel Guedes por Neto Berola, e contando também as entradas de Leandro e Rafael Longuine, os visitantes mantiveram o baixo nível técnico do jogo e também as constantes falhas defensivas. Assim, Biro-Biro e Felipe Azevedo pararam no camisa 1 do Peixe, responsável único por evitar um massacre ainda maior no Moisés Lucarelli, já que Marcelo Lomba segurou quase tudo o que apresentou perigo do lado de lá.
Só uma chance criada aos 48 minutos, após falha de Fernando Bob, que não teve como Lomba evitar. Após enfiada de Leandro diante da desatenção defensiva do rival, Rafael Longuine anotou o gol de honra do Peixe em Campinas. Só para não ser goleada.
Sem sucesso nas outras tentativas ofensivas, o Santos continua sua sina de vitórias em Campinas que já dura desde 2009, e agora precisa se recuperar do revés contra o vice-líder Atlético-MG, na quarta-feira, na Vila Belmiro. Isso além da torcida para o quarto colocado não se distanciar muito na tabela… Já a Ponte Preta, sua “asa negra”, abriu quatro pontos da zona de rebaixamento e trabalha para manter sua reação também na quarta, diante do Goiás, fora de casa.
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