São Paulo considera alta pedida salarial de Valdivia e adota cautela
Apesar de já ter se reunido com Valdivia por mais de uma vez, o São Paulo ainda não se empolga com a possibilidade de negociação. Uma das razões é o quanto teria de desembolsar para pagar o salário do jogador. O chileno quer vencimentos semelhantes ao que recebia no Palmeiras, cerca de R$ 500 mil/mês. O valor é similar ao que o Tricolor paga a Luis Fabiano, na casa de R$ 600 mil/mês e isso deixou os dirigentes cautelosos.
Em crise financeira, o presidente Carlos Miguel Aidar já disse que, a partir do ano que vem, o clube terá um teto salarial estipulado na casa dos R$ 300 mil/mês. Atualmente, Alan Kardec, Wesley, ambos ex-Palmeiras, Pato, Luis Fabiano e Rogério Ceni recebem valor acima, já que são contratos feitos anteriormente ao teto.
Outra situação que impede avanços nas tratativas é o termo que Valdivia já assinou com o Al Wahda (EAU). O chileno acertou um contrato de dois anos para ganhar cerca de R$ 10 milhôes anuais, valores bem abaixo do que o São Paulo poderia pagar, mesmo se concordasse com o que o meia quer para ficar no Brasil. E os dirigentes árabes já disseram que contam com a apresentação dele no próximo dia 19.
Quem cuida das tratativas por parte do São Paulo é o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, que tem tentado manter o assunto em sigilo até mesmo dentro da própria diretoria do São Paulo, se reportando apenas a Aidar. Ataíde chegou a Valdivia através de um intermediário e tem feito consultas sobre a possibilidade de contratar o chileno.
A possível contratação de Valdivia repercute no São Paulo desde a semana passada e já foi motivo de críticas internas. Alguns dirigentes do clube são contrários à negociação com o Mago, embora admitam que o técnico Juan Carlos Osorio tenha crédito para indicar jogadores. Na última quarta-feira, após a vitória do Tricolor sobre o Figueirense, em Florianópolis, Osorio falou sobre o assunto e abriu as portas para a chegada do palmeirense, com o qual ainda tem contrato até a próxima segunda-feira.
“Eu só falo da parte esportiva. Acho que Jorge é um muito bom jogador. Ele pode jogar em qualquer time no Brasil e inclusive na América do Sul. Mas é da nossa diretoria conseguir a contratação ou não”, afirmou o colombiano.
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