São Paulo e Puma trocam acusações por suposto acordo comercial

  • Por Jovem Pan
  • 19/12/2014 09h13
  • BlueSky
<p>Carlos Miguel Aidar vem tendo semana turbulenta no clube do Morumbi</p> Folhapress Aidar enfrenta nova crise no São Paulo

Os próximos dias de Carlos Miguel Aidar no São Paulo prometem ser de muita turbulência. Na última quinta-feira, a Puma divulgou uma nota em que revela ter um acordo com o clube brasileiro para substituir a Penalty como fornecedora de material. Logo depois, o time do Morumbi soltou um comunicado em resposta, onde afirma que o documento assinado era apenas uma “carta de intenções” e não um contrato.

Segundo a empresa alemã, a diretoria Tricolor informou no dia 28 de agosto deste ano que eles haviam sido vencedores na concorrência pelo patrocínio da camisa. O acordo foi assinado no mesmo dia e passaria a vigorar assim que o contrato com a Penalty fosse rescindido ou finalizado.

A Puma ainda informou que a namorada do mandatário são-paulino, Cinira Maturana, esteve presente como convidada nas primeiras reuniões, mas depois foi indicada para cuidar do processo de transição na troca dos fornecedores de material esportivo.

Já o clube reitera que o acordo não deu certo por falta de garantias da empresa europeia, que não cumpriu uma série de exigências da carta de intenções. O negócio deveria ser fechado em setembro e o clube recebeu uma oferta melhor da Under Armour, que deve assumir o uniforme no Campeonato Brasileiro de 2015.

No comunicado, a diretoria do São Paulo lamenta que o fracasso nas negociações tenham levado o responsável pela área de marketing da Puma a ser demitido e que a situação do presidente da marca, Fábio Espejo, tenha se deteriorado com a matriz alemã.

Confira as notas na íntegra:

“A PUMA vem a público informar que o relacionamento com o SPFC foi iniciado no ano de 2013 através do então vice-presidente geral, Sr. Roberto Natel. No dia 5 de agosto de 2014, a PUMA foi convidada a participar da concorrência para assumir o patrocínio e fornecimento de material esportivo do clube. Representaram o SPFC nas negociações: Sr. Gilberto Ratto, atual diretor de marketing da CBF e ex-gerente de marketing do clube paulista; e Sr. Ruy Barbosa, diretor de marketing do São Paulo. Na mesma data, a PUMA foi informada sobre a existência de mais um concorrente.
Em 28 de agosto de 2014, a marca foi informada pelo SPFC que havia sido a vencedora da concorrência para o patrocínio e fornecimento de material esportivo do clube. No mesmo dia, os representantes do SPFC e da PUMA assinaram o acordo, que passaria a vigorar assim que terminado, de forma antecipada ou não, o contrato do atual fornecedor de material esportivo. A Sra. Cinira Maturana esteve presente em algumas reuniões tão somente como convidada do presidente do clube.
Este acordo previa o respeitoso término do contrato do atual fornecedor de material esportivo, uma vez que a PUMA sempre respeita os contratos vigentes dos seus concorrentes.
Somente depois de assinado o acordo, a pedido do presidente do clube, a Sra. Cinira Maturana foi indicada como pessoa de contato para a transição entre o fornecedor atual do clube e a PUMA.
Maiores detalhes serão expostos em fórum apropriado.”

Em relação à nota divulgada hoje, 18/12/14, pela fabricante de material esportiva Puma, o São Paulo Futebol Clube esclarece:

1 – Várias conversas entre a empresa e o clube aconteceram e nelas a Puma manifestava seu desejo de vir a ser a fornecedora de materiais esportivos para o São Paulo;
2 – As negociações entre as duas instituições foram coordenadas pela sra. Cinira Maturana, como já foi divulgado em entrevista coletiva na data de ontem, no Morumbi;
3 – Em determinado ponto das negociações, os presidentes da Puma, sr. Fábio Espejo, e o do São Paulo Futebol Clube, Carlos Miguel Aidar, decidiram assinar uma “Carta de Intenções”;
4 – Esse documento indicava que a Puma poderia vir a ser a fornecedora de material esportivo para o São Paulo, desde que respeitadas algumas cláusulas condicionantes, entre elas:
a – Que o contrato com a Penalty, atual fornecedora fosse extinto, concluído ou rescindido, o que não ocorreu;
b – Que um contrato trazendo os termos definitivos de um eventual acordo fosse assinado até meados de setembro, o que também não aconteceu;
5 – Por entender que outras oportunidades mais vantajosas para o São Paulo surgiram e respeitando a vigência do contrato com a Penalty, o São Paulo Futebol Clube decidiu não concretizar o negócio com a fabricante alemã;
6 – Assim que o prazo previsto na “Carta de Intenções” expirou, o presidente Carlos Miguel Aidar, em sua sala no Morumbi, na presença do Diretor Jurídico, Leonardo Serafim, comunicou pessoalmente o presidente da Puma, Fábio Espejo, que a assinatura do Contrato definitivo não se concretizaria; ato contínuo o executivo da Puma recebeu em mãos um documento com essa informação, mas decidiu não assina-lo, para atestar a entrega.
7 – O São Paulo Futebol Clube lamenta que o fracasso das negociações entre o clube e a Puma do Brasil tenham levado à demissão do responsável pela área de marketing da empresa alemã, bem como compreende que o presidente da Puma no Brasil, sr. Fábio Espejo, em situação delicada e fragilizada na relação com a matriz da Puma, por não ter conseguido concluir o negócio satisfatoriamente;
8 – O São Paulo reitera que a fornecedora oficial de material esportiva para o São Paulo é a Penalty.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.