São Paulo perde para Atlético-PR e interrompe reação no Brasileiro
Atlético-PR e São Paulo fizeram um duelo para consagrar seus goleiros, neste domingo, na Arena da Baixada. Tanto Weverton, que também defende a seleção brasileira, quanto Denis puderam ajudar bem seus times em Curitiba, estádio peculiar porque se vale de grama sintética, portanto, de maior grau de dificuldades para os jogadores, principalmente aos visitantes, além de carregar tabu para o rival paulista, que nunca venceu no local.
A Atlético entrou em campo sustentando marca de apenas um tropeço em seus domínios neste campeonato, para o líder Palmeiras, com 81% de aproveitamento. Os primeiros 45 minutos mostraram que as defesas estavam muito mais treinadas e preparadas do que os respectivos ataques. O empate sem gols na parte inicial só fez justificar essa condição. Mas um escorregão de Denis mudaria a história no fim do segundo tempo, quando Pablo marcou o único gol da partida: 1 a 0 Atlético-PR.
Com marcação alta, na saída de bola do São Paulo, os jogadores do Atlético-PR trataram de tomar a iniciativa da disputa, pressionando para roubar a bola e surpreender. O jogo foi dinâmico, veloz e bastante pegado, mas também com pouca criatividade ofensiva, muitas bolas sendo desperdiçadas pelas laterais e de alguns bons chutes para as boas defesas dos goleiros.
Apesar de o anfitrião ficar com a bola, o São Paulo também foi perigoso em arremates de longe, com Cueva e Chávez, fazendo com que Weverton justificasse suas convocações por Tite. A derrota do São Paulo esfria reação do time no Brasileiro. A equipe amarga sua 10ª derrota e estaciona nos 34 pontos. Já o Atlético-PT foi aos 39 pontos e ficou mais próximo do G4 da tabela.
A primeira boa chance do jogo foi do Atlético, aos 6 minutos, após Wesley dar bobeira na direita e perder a bola para Hernani, que chutou firme para corte providencial de Maicon. O time tricolor demorou para se desenroscar da marcação rival. Perdeu tempo. Trouxe o Atlético-PR para sua área. Mas Denis estava atento. O goleiro, criticado no começo da temporada, caiu nas graças da torcida e passou a atuar com mais confiança.
Aos 11 minutos, Denis fez boa defesa em cabeçada de Thiago Heleno. Lembrou defesa de vôlei de fundo de quadra. A bola subiu para escanteio. “Trabalhei bastante”, disse, no caminho para o vestiário no intervalo.
Da mesma forma, Weverton ganhou aplausos duas vezes, quase que seguidas, a partir dos 35 do primeiro tempo, em boa intervenção em arremates de Chávez e Cueva. “O jogo foi disputado. O Denis fez grandes defesas e eu também pude ajudar o Atlético”, afirmou.
Na contramão do bom trabalho dos goleiros, a criação de Atlético-PR e São Paulo deixou a desejar. As melhores opções ofensivas eram pelas laterais, quase sempre em cruzamentos sem conclusão.
O São Paulo vinha de duas vitórias e precisava somar pontos fora de casa. Se não conseguisse ganhar, aos menos tentaria o empate. Era essa a condição do time ao deixar o Morumbi para a partida. Não deu. No primeiro turno, em casa, apanhou por 2 a 1.
Os donos da casa também sabiam que a derrapada significava o fim de sonho do G4, mesmo que distante momentaneamente. O time tricolor fez um segundo tempo melhor, mais seguro e abusando das jogadas longas pelas beiradas. O Atlético-PR se encolheu. Até os 20 minutos, apesar da boa movimentação, os ataques pouco produziram. Cheirava empate.
Aos 22, o São Paulo teve a volta de Michel Bastos, que não atuava desde que sofreu ameaças e agressão de parte da torcida na invasão ao CT da Barra Funda, há três semanas. Marco Aurélio Cunha, o novo responsável pelo futebol do clube, tratou de fazer a cabeça do jogador e convencê-lo a ficar. Entrou forçando as jogadas pela esquerda, terreno que conhece bem. Mas sem resultados. Houve muita falação com o árbitro também. Os times queriam ganhar na pressão.
No fim do segundo tempo, não antes de mais duas defesas, Denis escorregou na área em jogada de escanteio após a bola desviar em Michel Bastos. Pablo, que não tinha nada a ver com isso, fez o gol da vitória do Atlético-PR – resultado que mantém o time do Paraná na busca de vaga para a Libertadores de 2017. O escorregão de Denis pode ser creditado na conta do gramado sintético e liso da Arena da Baixada. Ele mesmo chamou a derrapada de “pecado”.
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