São Paulo volta a tropeçar em time catarinense, perde para o Avaí e sai do G4
Este domingo foi um dia histórico para Breno e o futebol. Depois de vencer o drama da prisão na Alemanha, onde ficou três anos detido, o jogador marcou um gol na partida contra o Avaí, na Ressacada. Foi o símbolo de uma vitória pessoal que precisa ser celebrada. No entanto, para azar dos são-paulinos, a alegria não se estendeu ao time de Juan Carlos Osorio, que jogou mal e foi derrotado por 2 a 1. O resultado faz o Tricolor terminar a rodada fora do G4 do Campeonato Brasileiro. Não fosse por Breno, não haveria nada o que comemorar.
Breno marcou aos 43 minutos do primeiro tempo, em linda jogada individual que externou sua principal característica, a força física. O zagueiro, que agora atua como volante, deu passadas largas em direção ao gol do Avaí e finalizou com força, de pé esquerdo. Uma força totalmente desproporcional à do São Paulo de Osorio.
De olho na sequência da temporada, nos dois jogos contra o Vasco pela Copa do Brasil nas duas próximas quartas e o clássico contra o Palmeiras, no próximo domingo, o técnico colombiano pôs em prática sua filosofia de rodízio e entrou com uma formação nova. O garoto Lyanco, de 18 anos, foi lateral-direito. Pato, principal estrela do time em Florianópolis, ficou no banco e deu lugar a João Paulo, também de 18 anos. O time produziu pouco.
As investidas do São Paulo se resumiram a escapadas pelos lados, ora com Rogério, ora com Carlinhos. A fragilidade ofensiva permitiu ao Avaí crescer no jogo, se soltar e abrir o placar aos 17 minutos. Marquinhos cobrou falta que ele mesmo sofreu, no canto esquerdo de Renan Ribeiro. A bola bateu na trave antes de entrar. Um castigo que só foi minimizado com o gol de Breno.
Sem mudanças, o time de Osorio não voltou mais forte para o segundo tempo. A tendência do jogo se confirmou com o Avaí rondando a área de Renan Ribeiro. Aos sete minutos, Eduardo Neto acertou o travessão. Era o sinal: a equipe da casa estava próxima do gol e de deixar o Z4.
Aconteceu aos 26 minutos do segundo tempo, com um vacilo da defesa são-paulina. Anderson Lopes recebeu com liberdade dentro da área, teve espaço para limpar a marcação e bater cruzado no canto de Renan Ribeiro. Neste momento, o gol histórico de Breno ficou em segundo plano.
Osorio ainda tentou lançar Pato, Thiago Mendes e Bruno, jogadores de sua confiança, mas não houve jeito. O gol de Breno era mesmo o único motivo a se comemorar. No campeonato da vida, não é pouca coisa. É um título, eu diria. Mas, no Campeonato Brasileiro, não significou nada para o Tricolor, que agora terá o clássico contra o Palmeiras, no próximo domingo, para se reabilitar. Se vencer, volta ao G4. Vai precisar da força de Breno.
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