#SãoPaulo461 Decime que se siente, São Paulo: o dia da invasão azul e branca

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2015 18h41
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Argentina's players celebrate after the semi-final football match between Netherlands and Argentina of the FIFA World Cup at The Corinthians Arena in Sao Paulo on July 9, 2014. AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS AFP Confira as emoções de Argentina x Holanda em São Paulo

São Paulo foi uma das cidades mais sortudas no evento que parou o País em 2014. A recém-inaugurada Arena do Corinthians foi palco da abertura da Copa do Mundo, entre Brasil x Croácia, e recebeu outros seis jogos importantes. Mas foi em 09 de julho que a megalópole se transformou em um mar azul e branco, e durante algumas horas ouviu a língua castelhana superar o português.

Rivais históricos, brasileiros e argentinos não tiveram a chance de se enfrentar neste Mundial, mas o destino criou uma situação para impulsionar a disputa entre os vizinhos de fronteira. Enquanto os hermanos festejam a presença na semifinal da Copa do Mundo, e iam, aos poucos, dominando os entornos do estádio em Itaquera, os brasileiros tentavam acreditar no vexame histórico sofrido no dia anterior para a Alemanha.

Santistas, palmeirenses, corintianos, são paulinos, cruzeirenses, atleticanos, gremistas e colorados e todos os amantes da seleção canarinho se uniram aos holandeses, mas não foram páreo para os apaixonados argentinos. As provocações do 7 a 1 se juntavam a música que viralizou, e foi entoada a plenos pulmões em todos os jogos da Argentina:

Brasil decime que se siente (Brasil, me diga o que sente)

Tener en casa a tu papá (Ter em casa o seu pai)

Te juro aunque pasen los años (Juro que mesmo que passem os anos)

Nunca nos vamos a olvidar (Nunca vamos nos esquecer)

Que el Diego te gambeteó (Que Diego te driblou)

Que Cani te vacunó (Caniggia os espetou)

Estás llorando esde Italia hasta hoy (Está chorando desde a Itália até hoje)

A Messi lo vas a ver (Messi, vocês vão ver)

La Copa nos va a traer (A Copa vai nos trazer)

Maradona es más grande que Pelé (Maradona é melhor do que Pelé)

 

Em campo, os vizinhos sul-americanos também levavam a melhor: durante os 90 minutos tiveram várias chances, mas a bola insistia em não entrar. Sem Di Maria, Messi rendeu menos do que o esperado, e coube a um personagem inusitado garantir a explosão hermana nas arquibancadas, e mais um derrota para o futebol brasileiro. Nos pênaltis, Romero defendeu logo de cara a cobrança de Vlaar. Messi fez para a Argentina, assim como Robben para a Holanda. Garay manteve a vantagem sul-americana e Sneijder, o camisa 10 e carrasco do Brasil em 2010, mandou a bola em meia altura e Romero se esticou todo para defender. Agüero teve a missão de aumentar a vantagem e mandou bem no canto direito do goleiro holandês. O veterano Kuyt deu sobrevida aos europeus ao converter a sua cobrança, mas Maxi Rodriguez cobrou forte quase no meio e Cillessen não teve força para espalmar bem, mandando a bola para o gol e garantindo a classificação da Argentina para a final da Copa do Mundo após 24 anos.

São Paulo viveu, mesmo contra vontade, um dia argentino que ficou na história dos 461 anos da cidade

 

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