“Se 50% não for pago, não tem jogo”, diz advogado de atletas do Barueri
Jogadores do Operário deitam no gramado em apoio aos jogadores do Grêmio Barueri que não entraram em campo
Jogadores do Operário deitam no gramado em apoio aos jogadores do Grêmio BarueriA situação dos jogadores do Grêmio Barueri está cada vez mais complicada. Sem dinheiro, o clube não paga os atletas há dois meses na carteira de trabalho e deve quatro meses de direitos de imagens, tanto que eles se recusaram a entrar em campo contra o Operário-MT, na última sexta-feira (15), pela Série D do Campeonato Brasileiro.
Em entrevista à rádio Jovem Pan na tarde desta quinta-feira, o advogado Thiago Rino, que defende os direitos dos profissionais junto ao Sindicato dos Atletas de São Paulo, revelou que se pelo menos 50% da dívida não for quitada, o elenco manterá a greve e não enfrentará a Tombense, na próxima sexta.
“Os jogadores acabaram de decidir em uma reunião que se pelo menos 50% da dívida não for quitada, amanhã não haverá jogo”, informou Rino.
O advogado disse que não há corpo mole por parte de seus clientes, pois eles só querem receber o que já trabalharam. “O objetivo deles é apenas receber pelo o que já trabalharam. A diretoria pode se mobilizar e terminar de efetuar os pagamentos”, espera.
Segundo o homem da lei, o presidente do Barueri, Alberto Ferrari, também conhecido como José Alberto Dias Jeremias, realizou o pagamento de um salário de carteira e outro dos direitos de imagem, o que ainda não sana as necessidades dos atletas da agremiação.
Com falta de dinheiro para se alimentar e fazer as necessidades básicas, Rino escancarou a profunda crise por qual passa o clube paulista, que já chegou a jogar a Série A do Brasileirão.
“Eles emprestam pasta de dente e sabonete um ao outro. O sindicato prestou assessoria no sábado e domingo para que eles pudessem comer, pois a cozinha estava fechada. Isso é muito complicado para atletas de alto desempenho”, explicou.
O doutor comentou a situação dos portugueses Felipe Aguiar e Antonio Leão Torres, afirmando que ela é bem complicada. Os europeus foram convidados a integrarem o elenco do Barueri e pagaram até a passagem para vir ao Brasil. “Eles foram convidados para vir e pagariam a passagem, seriam reembolsados e receberiam um contrato de seis a 12 meses. Eles não receberam nada, nem o dinheiro de volta da passagem. Ainda não estão irregulares, porque não passaram de 90 dias no país, mas podem vir a se tornar”, completou.
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