Segurança conta que Pistorius chorava, mas alegava estar tudo bem após disparo
Minutos depois de ter matado a tiros sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, o velocista sul-africano Oscar Pistorius disse ao serviço de segurança de seu conjunto residencial que estava tudo “bem”, afirmou nesta sexta-feira um dos guardas presentes durante seu testemunho no quinto dia de julgamento.
O segurança, identificado como Pieter Baba, chegou à casa de Pistorius por volta das 3h20 da madrugada de 14 de fevereiro do ano passado – quando ocorreu o assassinato -, logo depois de ter recebido a informação sobre o barulho de quatro disparos.
“Está tudo bem”, respondeu o velocista paralímpico, segundo a testemunha, que ressaltou que o mesmo soluçava.
Pouco depois, ainda segundo a testemunha, foi a vez de Pistorius chamar o encarregado de segurança do complexo, mas, neste momento, ela já não dizia nada e apenas chorava, relatou o segurança no quinto dia do julgamento realizado no Tribunal Superior de Pretória.
Antes da declaração de Baba – a nona testemunha a ser convocada pelo juiz -, a ex-namorada de Pistorius Samantha Taylor relatou perante o tribunal que o velocista já havia disparo uma arma em sua presença após um incidente em uma abordagem policial.
O juiz Gerrie Nel acusa o velocista sul-africano de matar intencionalmente a modelo Reeva Steenkamp, então com 29 anos, após uma suposta discussão.
Pistorius, de 27 anos, alega que disparou em sua namorada por acidente, achando que era um intruso que tinha invadido sua casa.
Se for considerado culpado pelo “assassinato premeditado” de sua namorada, como defende o juiz, Pistorius pode ser condenado à prisão perpetua. O processo contra Pistorius, iniciado na última segunda-feira em Pretória, deverá se estender até o próximo dia 20.
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