“Seleção brasileira está acima da política”, diz Dilma em artigo

BRA305.BRASILIA,22/05/2014- La mandataria brasileña, Dilma Rousseff, se reúne con el jeque Mohammed Bin Rashid Al Maktoum (fuera de cuadro), primer ministro y vicepresidente de los Emiratos Árabes Unidos hoy, martes 22 de abril de 2014, durante su encuentro en el Palacio del Planalto en Brasilia (Brasil). Mohammed Bin Rashidy realiza una visita oficial al país cuyo objetivo es el de fortalecer la relación bilateral y tratar temas de cooperación. EFE/FERNANDO BIZERRA JR. Presidente Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo que a seleção nacional está acima de qualquer interesse, inclusive político, em artigo no qual pediu aos brasileiros para abraçarem o time comandado por Luiz Felipe Scolari.

A governante lembrou que ela própria apoiou a seleção inclusive na época em que se dizia que respaldar o time liderado por Pelé era apoiar a ditadura que imperava no Brasil e que utilizava o futebol para favorecer os interesses dos militares.

“A Seleção Brasileira representa a nossa nacionalidade. Está acima de governos, de partidos e de interesses de qualquer grupo”, afirmou a governante em artigo divulgado pela presidência.

“Ontem, hoje e sempre, o povo brasileiro ama e confia em sua Seleção”, acrescentou a governante no artigo de sua autoria intitulado “A Seleção está acima da política”.

A chefe de Estado lembrou o dilema que viveram os opositores à ditadura na Copa de 1970, conquistado pelo Brasil no México, por apoiar uma seleção que os militares teriam usado para se fortalecer.

“Em 1970 eu estava na prisão. Nessa época havia segmentos que diziam: “se você torcer pelo Brasil, você estará fortalecendo a ditadura. Isso era uma sandice. Para mim, esse dilema nunca existiu”, revelou, ao lembrar que na época estava havia cinco meses presa.

“Nessa época, muitas pessoas que se opunham ao regime militar inicialmente começaram a dizer que podíamos fortalecer a ditadura se apoiássemos à seleção brasileira. Eram muitas pessoas ao começo, mas foram reduzindo-se gradualmente. Até que não sobrou ninguém”, afirmou.

Segundo a presidente, na medida em que o Brasil avançava rumo à final, todos, os que estavam na prisão e os que estava livres, “torceram de forma apaixonada” pela seleção brasileira.

“Vivíamos sob uma ditadura. Não havia direito de manifestação, direito de organização, direito à divergência. Havia tortura, perseguição e repressão”, lembrou Dilma, em referência aos manifestantes que hoje saem às ruas para protestar contra a Copa com mais liberdade.

Segundo a governante, apesar dos dilemas políticos, “u e as minhas companheiras de cela nunca tivemos dúvidas e todas torcemos pelo Brasil, porque o futebol está acima da política”.