Sem patrocínio, única brasileira na elite do surf fala em preconceito de gênero
Silvana Lima é a única surfista brasileira na elite do surf mundial. Diferentemente de nomes importantes do circuito como Gabriel Medina e Felipe Toledo, a atleta não tem patrocínio e tem dificuldades para se manter nas competições.
“Em 2012 perdi meu patrocínio principal e em 2013 acabei caindo para a segunda divisão. Tive que vender apartamento, carro e buscar um novo patrocínio para poder voltar à primeira divisão”, destaca Silvana.
Sem conseguir explicar o porquê de não ter o próprio patrocinador, Silvana destaca que há muito preconceito com as mulheres no surf. “Sou muito competitiva e acredito muito no meu potencial. Todos os brasileiros do circuito têm patrocínio e a única brasileira, não. Parece-me um pouco de preconceito contra as mulheres”.
Sonho
Na primeira etapa do circuito em Gold Coast, na Austrália, a brasileira teve um bom desempenho, chegando até as quartas de final. Com dois vices mundiais no currículo, Silvana quer conquistar o título.
“Estou super feliz de ter voltado à elite. É um lugar que eu sempre quis estar e meu grande sonho é ser campeã mundial”.
Questionada sobre o futuro do surf no país, após o título de Medina, Silvana acredita no crescimento da modalidade. “Com ele ter levado esse título para o Brasil, abriram-se muitas portas na mídia. Isso ajudou bastante e pode dar oportunidade para outros atletas crescerem no esporte”.
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