Sem recursos, Marinha vê costa brasileira “vulnerável” durante Olimpíadas
O principal projeto para monitorar e blindar o mar territorial do Brasil foi arquivado por falta de verbas, apesar da aproximação das Olimpiadas do Rio de Janeiro em 2016 e do consequente aumento de turistas no país.
Com a suspensão dos recursos do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (nome dado à extensão oceânica do litoral do País) pelo Governo Federal, a Marinha classifica a situação como preocupante, já que o contexto mundial mudou com a série de ataques terroristas na França. O almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, comandante da Marinha do Brasil, lamenta e admite que a costa poderá ficar vulnerável durante o evento.
“Para o País é ruim, a gente fica vulnerável. E é uma preocupação permanente porque o terrorismo não tem fronteiras”, afirmou o almirante maior da Marinha. Segundo o comandante, o corte dos recursos da Marinha Brasileira foi da ordem de 30%.
O projeto para controlar e vigiar a zona economica brasileira do Oceano Atlântico tinha investimento estimado de R$ 13 bilhões e previsão de conclusão em 2027.
Com o cronograma suspenso por tempo indeterminado por causa da crise, Eduardo Bacellar Ferreira traz um panorama nada promissor. “A gente precisa ter US$ 1 bilhão para ter uma marinha renovável”, defendeu Ferreira, por um período “de 12 a 15 anos”. Além disso, a frota da esquadra brasileira tem mais de 50 anos de uso em média quando o idel seria não ultrapassar os 25 anos.
Informações da repórter Jovem Pan Carolina Ercolin
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