Sem salários, jogadores do The Strongest entram em greve
Os jogadores do clube boliviano The Strongest iniciaram uma greve por tempo indeterminado para exigir o pagamento de salários dos últimos dois meses por parte dos dirigentes do clube, que vem enfrentando problemas financeiros há pelo menos um ano.
Em carta divulgada nesta quarta-feira pela imprensa local, os jogadores, que não treinaram na terça, explicam que decidiram parar suas atividades pelo “reiterado descumprimento às datas estipuladas para o pagamento de remunerações”.
“Esta decisão não foi fácil, e nos vimos na necessidade de realizá-la devido à falta de credibilidade e o esgotamento da paciência do elenco”, diz a nota.
Os jogadores avisaram que continuarão treinando de maneira independente para não prejudicarem a própria forma física e manifestam sua confiança que os dirigentes encontrarão rapidamente uma solução para um problema “que vem se arrastando há meses”.
Na semana passada, o Strongest conseguiu evitar uma greve com a promessa de que quitaria 50% do salário de julho na terça-feira, o que não aconteceu. Os funcionários da parte administrativa se uniram aos atletas porque, segundo eles, não recebem há cinco meses.
Há um ano, o Serviço de Impostos Nacionais (SIN) embargou os bens do clube de La Paz por acúmulo de dívidas tributárias correspondentes às gestões 2006, 2007 e parte de 2008, que chegavam a US$ 121 mil.
Em agosto passado, o SIN voltou a embargar os bens patrimoniais do Strongest por novas dívidas tributárias de mais de US$ 1,7 milhão.
À margem dos problemas com o fisco, o presidente da instituição, Kurt Reintsch, está detido na prisão de Palmasola, na região de Santa Cruz de La Sierra, desde junho passado, dentro de uma investigação por uma denúncia de uma suposta fraude.
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