Sete gols, sete vexames: conheça as maiores goleadas da história da Seleção

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2015 17h41

Fernandinho se apóia nas redes do gol que a Alemanha estufou sete vezes contra o Brasil

Jefferson Bernardes/VIPCOMM Fernandinho dentro do gol em mais um gol da Alemanha na derrota por 7 a 1

No dia em que completa um ano da maior tragédia do futebol brasileiro, a goleada sofrida para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014, o Jovem Pan Online lista as derrotas por maior diferença sofridas pela Seleção em sua história. É uma para cada gol dos alemães naquele fatídico jogo de 8 de julho no Mineirão. Saiba como foi cada partida, as causas das derrotas e as consequências desses duros golpes sofridos pelo Brasil ao longo dos anos.

Brasil 0 x 6 Uruguai – 18/03/1920

Até o 7 a 1, a pior goleada sofrida pela Seleção Brasileira havia sido um 6 a 0 para o Uruguai no Campeonato Sul-Americano de 1920, sediado no Chile, assim como a atual Copa América. Após vencer o Chile por 1 a 0, o Brasil sofreu um vexame contra o Uruguai. O futebol brasileiro já vinha em crise, e um fator que contribuiu para o resultado foi a briga entre a CBD e Liga de São Paulo, o que impossibilitou a convocação de jogadores que atuavam no estado de São Paulo, com exceção de dois santistas, e enfraqueceu a equipe.

Brasil 4 x 8 Iugoslávia – 03/06/1934

Mesmo contando com os jogadores que atuavam em São Paulo, especialmente no São Paulo da Floresta, que daria origem ao SPFC e era a base da equipe junto com o Botafogo, a Seleção Brasileira sofreu uma nova goleada 14 anos após aquela para o Uruguai. Marjanovic (3) e Svetislav Glisovic (2) foram os goleadores iugoslavos. Pelo Brasil, Leônidas da Silva, Armandinho e Waldemar de Britto descontaram.

Brasil 1 x 6 Argentina – 05/03/1940

Pela Copa Roca de 1940, apenas duas semanas de vencer o Brasil na final da edição de 1939, a Argentina recebeu a Canarinho no Viejo Gasómetro, ex-estádio do San Lorenzo, e aplicou a maior goleada do clássico. Carlos Peucelle, com três gols feitos, e Herminio Masantonio (foto), com dois, foram os destaques argentinos; Jair Rosa Pinto descontou. No domingo seguinte, na segunda partida da decisão, o Brasil venceu por 1 a 0, mas acabou sendo goleado novamente na sequência, por 5 a 1.

Brasil 1 x 5 Bélgica – 24/04/1963

Diferentemente dos vexames anteriores, em que a Seleção Brasileira sofria problemas estruturais e não havia se estabelecido no cenário mundial, a goleada sofrida pela Bélgica aconteceu menos de um ano após o bicampeonato mundial. O amistoso, parte de uma excursão na Europa, aconteceu após uma derrota por 1 a 0 para Portugal. Os resultados geraram críticas por parte da imprensa e da torcida, que exigiam uma renovação do escrete. Não adiantou muito, pois na Copa seguinte, em 1966, o Brasil teve sua pior participação no torneio.

Brasil 0 x 4 Chile – 03/07/1987

Na Copa América de 1987, na Argentina, o Chile, do goleiro Roberto Rojas, aplicou a sonora goleada na primeira fase com gols de Ivo Basay e Juan Letelier. O Brasil já perdia por 2 a 0 quando o lateral Nelsinho foi expulso e dificultou ainda mais a vida da equipe. Com a vitória, os chilenos passaram para a segunda fase e posteriormente chegaram à final do torneio, onde perderam para o Uruguai por 1 a 0.

Brasil 0 x 4 Dinamarca – 18/06/1989

O Brasil disputou, em Copenhague, um torneio amistoso para comemorar o centenário da Federação Dinamarquesa, e não frustrou a festa dos anfitriões. A Dinamarca, que três anos depois conquistaria a Eurocopa, goleou com dois gols do astro Michael Laudrup, um de Morten Olsen e outro de Lars Olsen. Um triste prelúdio da decepção que seria a atuação do Brasil um ano depois na Copa do Mundo.

Brasil 1 x 7 Alemanha – 08/07/2014

O grande vexame que a atual geração de torcedores da Seleção pode acompanhar. Pode ser considerado o pior de todos não só pelo placar, mas por ter acontecido numa final de Copa do Mundo disputada no Brasil. O time de Felipão chegou entre os favoritos ao título por conta de sua atuação na Copa das Confederações um ano antes, mas um suposto “apagão” no primeiro tempo transformou o sonho no maior pesadelo da história do futebol brasileiro. Foram cinco gols em menos de 30 minutos, e o resultado de 7 a 1 para a Alemanha, posterior campeã, pareceu até pouco frente à superioridade da atuação germânica. Mesmo com o vexame, pouco mudou no panorama de nosso futebol neste ano, o que foi reforçado pela eliminação na Copa América de 2015 para o Paraguai.

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