Sharapova pode ajudar investigadores para reduzir punição por doping
Proporcionar “ajuda substancial” na investigação sobre o teste positivo para doping pode ajudar a tenista russa Maria Sharapova a reduzir a punição que será imposta pela Federação Internacional (ITF), que pode chegar até um máximo de quatro anos.
Fontes da Agência Espanhola de Proteção da Saúde no Esporte (AEPSAD) indicaram à Agência Efe que, ao se tratar do meldonium, uma substância “não específica”, a sanção a princípio é desse período quadrienal. Uma substância “não específica” é aquela que não está em remédios que podem chegar a ser de uso comum.
Se Sharapova, que na segunda-feira confessou que tinha testado positivo em um controle no Aberto da Austrália, demonstrar que não tomava essa substância com a intenção de melhorar seu rendimento esportivo, a suspensão pode ser consideravelmente reduzida.
Uma vez que a ITF acordar uma sanção base, o período de suspensão pode se reduzir de duas formas. A primeira exige que a esportista prove ausência de culpa ou negligência. Sharapova admitiu sua plena responsabilidade no consumo voluntário de meldonium, embora tenha garantido que tomava por motivos de saúde e lembrou que a substância só entrou na lista de proibidas em 1º de janeiro. Segundo a tenista, ela não consultou a nova lista de proibições.
A segunda via para ver a suspensão reduzida, segundo o Código Mundial Antidoping, obriga o infrator a fazer uma confissão imediata e proporcionar “ajuda substancial” às autoridades antidoping.
A convocação de uma entrevista coletiva por parte de Sharapova antes de a ITF publicar o caso corresponderia a este desejo de ver reduzida a pena com uma confissão rápida.
Sobre a ajuda, o artigo 10.6.1 de Código diz que “uma pessoa que proporcione ajuda substancial deverá revelar totalmente mediante uma declaração escrita e assinada toda a informação que possua em relação às infrações das normas antidoping e colaborar plenamente na investigação”.
O Código inclui vários exemplos de aplicação deste artigo 10. No melhor dos casos, se Sharapova demonstrar que o doping não foi intencional, partiria de uma sanção de dois anos. Se, além disso, admitir ausência de culpa ou negligência, poderia reduzir para entre um e dois anos. Por último, se a esportista oferecer ajuda substancial, o período de sanção seria diminuído ainda mais, para 1/4 do estipulado primeiramente.
A tenista, que em abril completará 29 anos, manifestou seu desejo de que a suspensão não suponha fim a sua carreira e que ela possa voltar a competir após cumpri-la. Atualmente, Sharapova ocupa o sétimo posto do ranking da WTA
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