Shogun mira cinturão de Jon Jones e defende Barão: “Apenas um acidente”

  • Por Adriano Alves/Jovem Pan
  • 12/09/2014 10h49
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Curitibano acredita que Werdum e Belfort podem recuperar cinturões para o Brasil

Divulgação Shogun mira cinturão de Jon Jones e defende Renan Barão: "Apenas um acidente"

O lutador Maurício Shogun é um dos grandes nomes do MMA mundial e tem em seu currículo os cinturões do Pride e do UFC na categoria dos meio-pesados. Em entrevista ao Jovem Pan Online, o curitibano falou sobre o seu desejo de voltar a disputar o cinturão e defendeu o seu compatriota Renan Barão, que passou mal no processo de perda de peso e deixou passar a chance de recuperar o cinturão dos galos do evento.

Com 32 anos, Shogun acredita que Barão não precisa subir de categoria, como indicou Dana White, após o brasileiro passar mal às vésperas da revanche contra TJ Dillashaw, no fim de agosto. Para ele, o ocorrido foi apenas um fato isolado, já que o lutador possui mais de 30 combates no cartel.

“Cada um tem que fazer o que se sentir bem. O Barão é um cara que tem mais de 30 lutas na carreira, sempre precisou perder peso do mesmo jeito e se isso aconteceu foi um acidente. Acho que ele é um cara profissional e tem que fazer o que sentir vontade. Se prefere subir de categoria ou não, isso fica a critério da equipe dele. Mas acredito que ele deve ficar na sua categoria”, explicou.

Ídolo do Pride e campeão do UFC em 2010, após bater Lyoto Machida por nocaute, Shogun não consegue emplacar uma sequência boa na categoria desde que perdeu o cinturão para Jon Jones, em 2011. Sem lutar desde março, quando sofreu um nocaute técnico para o veterano Dan Henderson, o ex-campeão espera conseguir a recuperação frente ao inglês Jimi Manuwa, no UFC Fight Night, que acontecerá em Uberlândia, Minas Gerais, em 8 de novembro.

Em preparação desde julho, o paranaense revela que já iniciou o seu camping e que focará na luta em pé para surpreender o seu rival.

“Estou me preparando há dois meses e já comecei o camping. Ele é um cara bom na parte de pé, então estou focando nisso. Vou dar um grande show para os meus fãs”, prometeu. “Meu estilo é muay thai também, então espero nocauteá-lo em pé”, completou.

Sem temer uma possível demissão caso não saia com a vitória em novembro, Shogun garantiu que ainda sonha em se tornar desafiante ao cinturão da categoria dominada por Jones. De acordo com ele, duas ou três vitórias convincentes o colocarão entre os melhores da divisão.

“Tenho, lógico. Os caras que eu lutei sempre disputaram o cinturão depois, então com certeza. No UFC eu luto com os melhores, então quem se sobressai com duas ou três lutas tem a chance de lutar pelo cinturão. Tenho esse sonho de vencer e lutar pelo cinturão”, disse. “Não penso nisso (demissão), acho que a minha obrigação é dar o meu melhor e não de ganhar. Então não penso no pior e sim no que posso fazer de melhor”, contou.

Com apenas José Aldo ainda sendo campeão no maior evento de MMA do mundo, o lutador com 22 vitórias em 31 lutas na carreira acredita que Fabrício Werdum e Vitor Belfort, que enfrentam respectivamente Cain Velásquez e Chris Weidman pelo título, podem recuperar a glória para o país canarinho.

“Não sei se conseguem, mas tem grandes chances. O Werdum vai lutar contra o Velásquez, que é um cara duro, mas merece essa chance de lutar pelo cinturão e pode vencer. O Belfort também tem condições de vencer o Weidman, apesar o americano ser muito bom também. Acho que os dois tem chances de trazer o cinturão para o Brasil”, opinou.

Shogun ainda falou sobre Anderson Silva, que segundo ele, poderá lutar mais solto sem o peso de ter o cinturão dos médios por tanto tempo. “O Anderson já não é um cara novo e que luta há muito tempo. O cinturão trazia a ele certa carga de mídia, fãs e expectativas em cima dele. Ele está tranquilo sem o cinturão e acho que ele quer lutar esporadicamente sem disputar o cinturão”, finalizou.

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