Shows, surpresas e vaias marcam abertura do Rio 2016; confira os destaques
A tão esperada abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foi marcada por uma apresentação muito bem organizada e animada em um Maracanã lotado. Logo no início, algo que estava no roteiro e não foi executado foi o anúncio do presidente em exercício, Michel Temer. O objetivo do recuo na decisão seria evitar vaias. Mas após a apresentação das delegações, Temer declarou aberto os Jogos Olímpicos, sob vaias e aplausos.
A primeira personalidade a se apresentar foi Paulinho da Viola, que foi o responsável por cantar o Hino Nacional Brasileiro, no começo da cerimônia, que foi seguido de diversas apresentações bastante visuais, que empolgaram o público.
A cerimônia contou também com a presença de Regina Casé e Jorge Ben Jor, que juntos cantaram “País Tropical”. A presença da global junto ao cantor brasileiro causou surpresa durante a abertura. Casé arriscou algumas frases em inglês e foi alvo de piadas na internet. A parte do samba ficou por conta de Zeca Pagodinho e Marcelo D2, que juntos cantaram “Deixa a vida me levar”.
A presença de uma réplica do avião 14 Bis, que decolou pelo Maracanã e “fez uma viagem”, transmitida no telão do estádio, pela cidade do Rio de Janeiro mostrando os principais cenários dos jogos também foi um grande destaque na cerimônia.
Um dos momentos mais esperados da abertura, o desfile de Gisele Bundchen antecedeu a música “Eu só quero é ser feliz”, que foi apresentada pela cantora Ludmilla. A modelo mais famosa do mundo que ganhou o planeta desfilando pelas passarelas de diversos países, fez o que considerou o “maior desfile de sua vida”, já que a brasileira percorreu 128 metros, ao som de “Garota de Ipanema”.
Na esperada entrada das delegações, algumas chamaram mais a atenção do que outras. A Argentina recebeu vaias da torcida brasileira, refletindo a rivalidade com o país vizinho. As delegações de Japão e Portugal foram bastante ovacionadas pelo público, mas não mais do que a dos refugiados, a mais aclamada. A Rússia, rodeada pela polêmica do doping, também teve manifestação dos presentes, com vaias e aplausos.
Liderada pela porta-bandeira Yane Marques, atleta que fez história ao ficar com a medalha de bronze no pentatlo moderno, a delegação brasileira, última a entrar no Maracanã, foi bastante aplaudida, o que empolgou os atletas, que entraram esbanjando alegria. O ex-jogador de vôlei e presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, afirmou que o “sonho olímpico se tornou realidade”.
“Trabalhamos para o futuro. Esse Brasil gigante, que aprendemos a adorar. Nasce hoje um mundo novo! Trabalhamos sete anos em uma jornada de superação e paixão pelo esporte. Lembrem-se: os filhos do Brasil não fogem à luta”, disse.
O último show teve a participação de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta. O trio cantou “Sandália de Prata” e “Isto aqui, o que é”, e em alguns momentos ficou clara a utilização de playback nas imagens da televisão. Ainda durante o último show musical, o estádio recebeu a presença das escolas de samba do Rio de Janeiro, já no final da cerimônia de abertura.
No momento mais aguardado, Gustavo Kuerten, o Guga, maior tenista brasileiro, trouxe a tocha olímpica para dentro do Maracanã e entregou para a rainha do basquete brasileiro, Hortência, que, finalmente, passou para Vanderlei Cordeiro de Lima. O ex-maratonista brasileiro, que ganhou medalha de bronze na Olimpíada de Atenas, em 2004, depois de ter sido agarrado por um ex-padre irlandês enquanto era líder da prova, foi o responsável por acender a pira olímpica.
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