Só Messi salva: Argentina vence Irã com gol do craque aos 46 e vai às oitavas

Belo Horizonte, 21 jun (EFE).- Com um golaço de Lionel Messi aos 46 minutos do segundo tempo, a Argentina, que não jogava bem e estava prestes a frustrar sua fanática torcida que compareceu em peso ao Mineirão, venceu o Irã por 1 a 0 em duelo válido pelo grupo F e garantiu vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo.

Messi marcou seu segundo gol no Mundial e voltou a ser decisivo, assim como na vitória por 2 a 1 sobre a Bósnia, no Maracanã, no último domingo, quando também balançou a rede e cobrou a falta que gerou o gol contra de Kolasinac.

Hoje, após passar a maior parte da partida discreto em campo, o camisa 10 argentino balançou no fim do jogo. Em jogada característica, o craque recebeu passe na entrada da área e chutou com a perna esquerda no ângulo do goleiro Haghighi para marcar um gol milagroso.

A partida começou com intensa troca de passes entre os meias argentinos, que também pressionavam bastante a saída de bola adversária. Com a zaga iraniana fechada, o confronto foi praticamente um treino de ataque contra defesa.

A constante movimentação do quarteto Di Maria, Messi, Higuaín e Aguero deu muito trabalho à marcação adversária, que se virou como pôde. No entanto, nem as variações de jogadas e as entradas de Lavezzi e Palacio conseguiam superar a parede formada pelos 11 iranianos, todos atrás da linha da bola.

Para surpresa dos argentinos e de parte dos torcedores, que incentivaram a equipe asiática durante o jogo, o Irã levou perigo à zaga da argentina em raras oportunidades. No centésimo jogo de Mascherano com a camisa de sua seleção, Romero salvou a Argentina de sair com um placar diferente.

Pela terceira rodada da fase de grupos, a já classificada Argentina enfrentará a Nigéria na quarta-feira, às 13h, no Beira Rio, em Porto Alegre. Ao mesmo tempo, o Irã correrá em busca da classificação contra a Bósnia na Fonte Nova, em Salvador.

A primeira real chance de perigo foi aos 11 minutos. Mais rápido que a zaga, Higuaín apareceu na área após passe em profundidade e chutou rasteiro de primeira, mas o goleiro Haghighi se antecipou bem para impedir o gol.

Com o time inteiro atrás da bola, o Irã organizou um paredão antes da grande área, impedindo os rivais de avançarem além da intermediária e evitando jogadas por baixo. No entanto, o poderio ofensivo da equipe dirigida por Carlos Queiroz foi reduzido a zero.

Em rara oportunidade, aos 21, Higuáin recebeu na área e serviu Agüero, bem posicionado, que chutou colocado, mas a bola parou no goleiro iraniano em grande defesa.

Insistentes nas triangulações, os argentinos não conseguiam furar o bloqueio iraniano. O jeito foi alternar para a bola aérea e, logo na primeira oportunidade, três minutos depois, Rojo aproveitou cruzamento e cabeceou com perigo, mas a bola passou rente à trave.

Aos 32, a Argentina teve a chance de abrir o placar com uma falta na entrada da área. Na cobrança, Messi exagerou na força e acabou mandando por cima do gol.

Embora dominasse o jogo, a Argentina pouco conseguiu criar no primeiro tempo. Já acostumados com as jogadas aéreas dos sul-americanos, os iranianos passaram a interceptar a maioria dos lançamentos na área.

Ao contrário de todos os momentos anteriores, o último lance de perigo na primeira etapa foi da seleção asiática. Aos 41, após cobrança de escanteio, Hosseini subiu mais que os zagueiros e quase abriu o placar, mas cabeceou para fora.

Na volta do intervalo, o predomínio da posse de bola continuou com a equipe comandada por Alejandro Sabella, que voltou incomodar a defesa iraniana logo no início com um chute torto de Zabaleta após passe de Lionel Messi.

Em jogada surpreendente, aos sete minutos, Shojaei puxou contra-ataque em velocidade, driblou no meio de campo e serviu Ghoochannejhad na área. Sem marcação, o centroavante cabeceou à queima-roupa e Romero defendeu no reflexo.

Como resposta, a conhecida jogada do camisa 10 argentino saiu aos 14 minutos. O atacante partiu livre em velocidade pelo meio, jogou para a esquerda e tentou achar o cantinho do goleiro Haghighi, mas colocou pouco efeito na bola e acabou chutando para fora.

O Irã voltou a levar perigo na frente aos 22, em boa subida de Montazeri pela direita. O jogador cruzou na área e Dejagah cabeceou na medida certa para o goleiro Romero salvar mais uma vez o gol do Irã, dessa vez com a ponta dos dedos.

Pouco depois, aos 28, a Argentina voltou ao ataque em jogada individual de Di Maria, que driblou dois e foi derrubado na frente da área. Na cobraça, Messi procurou o ângulo esquerdo do goleiro e chutou para fora. No minuto seguinte, Rojo serviu Di Maria, que finalizou forte e obrigou Haghighi a se esticar para defender.

Na ânsia pelo resultado positivo, Alejandro Sabella mudou o ataque para tentar inovar nas jogadas. Entraram Lavezzi e Palacio nos lugares de Aguero e Higuaín.

Aos 36, Rojo apareceu novamente no ataque e arriscou de fora da área, mas Haghighi apenas observou a bola sair. Logo depois foi a vez de Palacio tentar marcar de cabeça, dessa vez o goleiro precisou espalmar para salvar.

O gol só saiu aos 46 minutos da etapa final. Ao receber passe na entrada da área, o camisa 10 Lionel Messi abriu para a esquerda e disparou no ângulo, sem chances para o goleiro iraniano, que nada pode fazer para evitar o gol da vitória argentina.

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Ficha técnica:.

Argentina: Romero; Zabaleta, Garay, Federico Fernández e Rojo; Gago, Mascherano e Di Maria (Biglia); Agüero (Lavezzi), Messi e Higuaín (Palacio). Técnico: Alejandro Sabella.

Irã: Haghighi; Montazeri, Hosseini, Sadeghi e Pooladi; Shojaei (Heydari), Teymourian, Nekounam e Hajsafi (Reza Haghighi); Dejagah (Jahanbakhsh) e Ghoochannejhad. Técnico: Carlos Queiroz.

Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia) auxiliado pelos compatriotas Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic.

Gol: Messi (Argentina).

Cartões amarelos: Nekounam e Shojaei (Irã). EFE

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte. EFE