Sul-americanos querem 7 vagas na Copa caso número de participantes aumente

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/10/2016 12h12
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EFE James Rodriguez desperdiçou pênalti

A Conmebol negocia a possibilidade de ter sete vagas para a Copa do Mundo, caso o torneio aumente seu número de participantes para 48 a partir de 2026. Uma decisão será tomada em janeiro. Mas, nos bastidores, a Fifa já se reúne com dirigentes para tentar convencê-los a aceitar a expansão. Com uma região com apenas dez times, a proposta agrada a Conmebol que teria apenas três seleções fora do torneio. 

Na semana passada, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, iniciou os debates sobre a expansão. Sobre a mesa, colocou projetos apontando para um aumento dos atuais 32 times para 40 ou 48. Ele, porém, deixou claro que sua opção preferida é a segunda. 

Mas as grandes federações mundiais apresentaram resistências, sob a alegação de que a proposta iria esvaziar o torneio e afetar a qualidade do futebol apresentado. Infantino discorda, alegando que um fase de mata-mata já na primeira fase tornaria o evento ainda mais eletrizante. 

Tanto ele como os demais dirigentes, porém, deixaram claro que tudo vai depender de como as vagas serão distribuídas e quem vai ganhar com a expansão do Mundial. 

Inicialmente, a proposta apontava para cinco vagas e meia para a Conmebol. Na prática, isso poderia significar seis lugares, dependendo do cruzamento da repescagem mundial. Atualmente, os sul-americanos têm direito a quatro vagas, além de disputarem outra em uma repescagem. 

Fontes na Fifa, porém, indicaram que o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, quer sete vagas e, diante de sua amizade com Infantino, acredita que a costura do novo formato já é uma realidade para a região. 

Se a negociação for fechada, dirigentes sul-americanos admitem que as Eliminatórias perderiam parte de seu sentido, pelo menos para Brasil e Argentina. A competição seria mantida, tanto por necessidades financeiras, mas também para permitir que as seleções possam se preparar. Mas, nos bastidores, muitos admitem que ela apenas serviria de fato para seleções como as da Bolívia, do Peru e da Venezuela. 

A última participação da Bolívia num Mundial ocorreu em 1994, enquanto a última Copa do Peru foi em 1982. A Venezuela, por sua vez, é a única seleção sul-americana que jamais foi a uma Copa.

CLUBES – Mas não é só um número maior de vagas que a Conmebol negocia com a Fifa. Conforme o Estadão revelou com exclusividade na semana passada, a entidade em Zurique se prepara para lançar um torneio com 16 clubes de todo o mundo e que poderia substituir a Copa das Confederações. A primeira edição poderia ocorrer já em 2019.

Mas o debate se refere a quem participaria do torneio. Os clubes europeus estariam de acordo, inclusive como forma de evitar de que tenham de sair em turnê pelo mundo durante as férias. A Fifa teria indicado que pelo menos quatro europeus estariam no evento, entre eles os últimos dois vencedores da Liga dos Campeões e o campeão da Liga Europa. 

No caso da Conmebol, seriam quatro times, seguindo o mesmo critério de convidar os dois últimos vencedores da Copa Libertadores.

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