Sul-coreano denuncia sabotagem contra sua candidatura à presidência da Fifa
O sul-coreano Chung Mong-joon, aspirante à presidência da Fifa, denunciou nesta terça-feira uma sabotagem contra sua candidatura e contra a própria eleição da entidade, que “corre o risco de se transformar em uma grande farsa” caso ele seja punido pelo Comitê de Ética.
“O verdadeiro perigo é que não só estão sabotando minha candidatura. Estão sabotando as eleições da Fifa. Há informações sobre os planos de Joseph Blatter para seguir como presidente assim que todos os candidatos estejam fora. A eleição corre o risco de se transformar em uma farsa”, afirmou.
Chung, que foi vice-presidente da Fifa entre 1994 e 2011, teme ser punido pelo Comitê de Ética da entidade com 15 anos de suspensão, dentro da investigação realizada pelo órgão sobre o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar.
O magnata do grupo Hyundai indicou hoje em entrevista coletiva em Suel que as acusações da Fifa são uma resposta às intenções apresentadas por ele de criar um fundo internacional do futebol e incluir a Coreia do Sul em vários projetos no mundo, por um valor de 693 milhões de euros até 2022.
“Nenhuma quantia foi transferida e nenhum favor pessoal foi feito em relação a esse fundo”, afirmou Chung, lembrando que a Fifa encerrou a investigação sobre o caso em 2010.
Ele também se negou ter cometidos irregularidades em uma possível suspeita de troca de votos envolvendo seu apoio à candidatura da Coreia do Sul para sediar a Copa do Mundo de 2022.
“Se a Comissão de Ética fosse realmente independente, deveria ter banido Joseph Blatter pelo caso ISL há 20 anos. Ambos, Joseph Blatter e Jérôme Valcke (ex-secretário-geral da Fifa) deveriam ter sido punidos pelo resto da vida pela manipulação no caso Visa-Mastercard”, concluiu.
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