Surfe e natação mostram que nem só de Copa viveu o esporte brasileiro em 2014

  • Por Jovem Pan
  • 30/12/2014 12h08

Campeão mundial de surfe Folhapress Gabriel Medina beija troféu do Mundial de Surfe

Em ano de Copa do Mundo no Brasil, outros esportes não deixaram por menos. Foram disputados campeonatos mundiais de vôlei, basquete, natação e surfe, com direito a título inédito para o país.

No vôlei, os mundiais masculino e feminino foram realizados entre agosto e outubro, e em ambos o Brasil teve campanha parecida: venceu tudo nas duas primeiras fases e passou perto do título. A Seleção Masculina eliminou a França na semifinal e foi para a decisão contra a Polônia, o time da casa. Com o apoio da sua torcida, o time polonês de Mariusz Wlazły, melhor jogador do torneio, incendiou o jogo e venceu de virada por 3 sets a 1. Já a feminina parou na semifinal diante dos EUA, que viria a conquistar o título. O lugar no pódio foi conquistado com vitória sobre a Itália na decisão do terceiro lugar.

Mais triste para o vôlei brasileiro que as derrotas no Mundial foram as denúncias contra a CBV. Expostas em dossiê, elas desencadearam a descoberta de diversas irregularidades em contratos firmados pela instituição. Em resposta, o Banco do Brasil suspendeu seu patrocínio à CBV e jogadores brasileiros usaram narizes de palhaço para manifestar sua indignação a respeito de uma história que está apenas começando a se desenrolar.

No Mundial de Basquete, na Espanha, a Seleção Masculina, cheia de estrelas da NBA, prometia ir longe. Foram quatro vitórias em cinco partidas na primeira fase. Nas oitavas de final, diante da Argentina, algoz do Brasil na edição passada, uma atuação arrasadora e vitória por 85 a 65. Porém, diante da Sérvia, nas quartas, um “apagão” e uma derrota por 84 a 56 tiraram a Seleção do Mundial. Na final, os EUA venceram a própria Sérvia sem dificuldades. Já a Seleção Feminina, no Mundial da Turquia, não foi tão bem: classificação na primeira fase com apenas uma vitória. Nas oitavas, derrota e eliminação diante da França.

Se no basquete e no vôlei não houve título mundial, coube a Gabriel Medina chamar a atenção do país e do mundo no surfe. O paulista de São Sebastião se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o título do Mundial de Surfe da ASP. Com apenas 20 anos, Medina desbancou Kelly Slater e Mick Fanning, e teve a primeira posição no ranking geral confirmada em 19 de dezembro, na Pipeline Masters, no Havaí.

Também na água, mais especificamente no Mundial de Natação, realizado em dezembro em Doha, no Qatar, o Brasil fez bonito. Com 10 medalhas – sendo 7 de ouro, uma de prata e duas de bronze – nossos nadadores colocaram o verde e amarelo no topo do ranking geral. Destaque para Felipe França, que conquistou cinco ouros entre provas individuais e revezamentos, e para a quebra de recorde mundial nos 4×50 metros medley conquistado pela equipe masculina.

Um brasileiro também teve destaque na NBA, principal liga de basquete do mundo. Em junho, Tiago Splitter se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o troféu da liga. Seu time, o San Antonio Spurs, comandado pelo trio Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker, venceu a série final contra o Miami Heat por 4 a 1 e faturou o título da temporada 2013-2014. Já em dezembro, mais uma vitória pra o Brasil: a NBA fechou uma parceria histórica com a Liga Nacional de Basquete (LNB) com o objetivo de fortalecê-la e profissionalizá-la.

Se na NBA o campeão não teve dificuldades para vencer, no Super Bowl XLVIII não foi diferente. Em fevereiro, o Seattle Seahawks arrasou o Denver Broncos e venceu por 43 a 8, chegando assim ao seu primeiro título da NFL. Mas até nesse esporte ainda tão distante do grande público brasileiro, o país foi notícia. O paulista Cairo Santos se tornou o primeiro brasileiro a jogar na NFL. O kicker ganhou a disputa na pré-temporada com Ryan Succop, prestigiado jogador da posição e, em agosto, foi selecionado para jogar pelo Kansas City Chiefs na temporada 2014-2015.

Já nos Jogos de Inverno, realizados em Sochi no mês de fevereiro, não foi dessa vez que o Brasil conquistou sua primeira medalha. Em compensação, o objetivo da delegação brasileira foi alcançado: foram 13 atletas classificados para a sua sétima participação, um recorde para o país. A parte triste ficou por conta do acidente de Lais Souza durante treino nos Estados Unidos para disputar o esqui aéreo. Uma torção na coluna cervical deixou Lais tetraplégica.

 

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