Técnico do Japão nega envolvimento em suposta manipulação de resultados

O técnico mexicano Javier Aguirre, que atualmente dirige a seleção japonesa, negou neste sábado estar envolvido em um caso suspeito de manipulação de resultados quando treinava o Zaragoza, em 2011, em jogo contra o Levante.

O caso está sendo investigado pela Procuradoria Anticorrupção espanhola. Há duas semanas, o procurador Alejandro Luzón entrou com uma ação na Justiça de Valencia denunciando que em 21 de maio de 2011 o Levante perdeu para o Zaragoza por 2 a 1 de propósito porque o adversário estava ameaçado de rebaixamento.

“Estou no futebol profissional há 39 anos e não tenho nenhuma mancha em minha carreira. Podem estar seguros disso”, disse Aguirre em entrevista coletiva neste sábado.

“Nunca soube de nada que transgredisse os interesses da ética e do profissionalismo. Nunca ninguém me presenteou nada nem quero que façam isso”, acrescentou o treinador.

Aguirre não quis se pronunciar sobre os supostos documentos que segundo a imprensa espanhola provariam seu envolvimento na manipulação, nem sobre outros detalhes da investigação. “Por recomendação dos meus advogados, responderei diretamente às autoridades”, limitou-se a dizer, o treinador, que garantiu que o caso não influenciará em seu trabalho no Japão.

A denúncia apresentada pela Procuradoria Anticorrupção espanhola foi inicialmente formulada por um possível delito de fraude esportiva, para o qual o Código Penal espanhol prevê penas que vão desde a inabilitação profissional até entre um e quatro anos de prisão.

De acordo com Alejandro Luzón, o Levante recebeu 965 mil euros para perder de propósito. Um dos investigados é o atacante brasileiro Wellington Silva, ex-Fluminense, que na época defendia a equipe da cidade de Valência e atualmente está no Almería, emprestado pelo Arsenal.