Telê Santana faria aniversário neste domingo; o que ele teria a ensinar aos técnicos atuais?

  • Por Jovem Pan
  • 24/07/2015 21h24
Futebol: O técnico Telê Santana, do São Paulo, durante jogo contra o Palmeiras. (São Paulo, SP, 04.12.1993. Foto de Antônio Gaudério/Folhapress) Folhapress O Mestre Telê ficou conhecido por aplicar um futebol ofensivo em seus times

Caso estivesse vivo, Telê Santana completaria, neste domingo (26), 84 anos de vida. O treinador, eleito, nos anos 1990, pela revista Placar, o melhor de todos os tempos no Brasil, nasceu em 26 de julho de 1931, na cidade de Itabirito, Minas Gerais, e faleceu em 21 de abril de 2006, em Belo Horizonte.

Como jogador, foi um ponta-direita ídolo do Fluminense, time de coração que defendeu entre 1951 e 1960. Antes de se aposentar, ainda teve passagens rápidas por Guarani, Madureira e Vasco da Gama. No entanto, o maior reconhecimento viria ocupando o cargo de técnico, carreira que iniciou em 1969, no Fluminense.

A fama internacional chegou na Copa do Mundo de 1982, quando comandou a Seleção Brasileira que foi eliminada pela Itália, mas encantou o mundo com seu futebol ofensivo e vistoso. Em 1986, treinou o escrete em outra Copa, que terminou também com eliminação, desta vez para a França, nos pênaltis. No entanto, as duas participações foram o bastante para deixar a marca do treinador na história do futebol.

Entretanto, a glória foi alcançada na direção do São Paulo na década de 1990. Pelo Tricolor, conquistou muitos títulos, entre eles dois do Campeonato Paulista, um do Campeonato Brasileiro e o bicampeonato da Libertadores e do Mundial Interclubes, em 1992 e 1993. Também foi campeão por Flamengo, Fluminense, Atlético-MG e Al-Ahli.

Para homenagear Telê Santana, o Jovem Pan Online destaca abaixo quatro qualidades do treinador que ajudariam os técnicos atuais dos quatro grandes de São Paulo. Confira.

Marcelo Oliveira: Como vencer em mata-mata. Apesar de ter sido campeão mineiro em 2014, o comandante alviverde tem um histórico negativo em torneios eliminatórios. Foi vice-campeão da Copa do Brasil em 2011 e 2012 pelo Coritiba e em 2014 pelo Cruzeiro. Além disso, teve decepções na Libertadores comandando a Raposa, considerada o melhor time do Brasil em 2013 e 2014.

 Juan Carlos Osorio: Lidar com o elenco. Telê Santana era famoso por estar sempre próximo dos seus jogadores, tentando ajuda-los em suas vidas pessoais para que rendessem mais em campo. O colombiano Juan Carlos Osorio, se tivesse essa qualidade do Mestre, talvez não sofresse tanto com a indisciplina e o descontentamento de atletas como Michel Bastos, Ganso e Luís Fabiano.

Tite: Como fazer o time jogar bonito. Depois de passar um período estudando novas estratégias, a expectativa era que Tite, em sua nova passagem pelo Corinthians, mostrasse um repertório mais variado do que o seu famoso e eficiente “fazer um gol e segurar a vantagem”. No entanto, a equipe tem mostrado mais uma vez ter essa característica como a sua principal – vide a partida contra o Atlético-MG, na qual o Timão suportou a pressão do adversário durante a maior parte do tempo e venceu por 1 a 0.

Dorival Jr: Equilíbrio entre ataque e defesa. Em sua primeira passagem pelo Santos, em 2010, Dorival, tendo Neymar, Ganso, Robinho e Wesley à mão, montou um time ultra-ofensivo. As goleadas massacrantes passaram a ser marca registrada da equipe, mas os muitos gols sofridos também – o que quase custou o título do Paulistão daquele ano. Na passagem atual, ainda não dá para avaliar direito se esse problema defensivo persistirá, mas, com a atual fase de Werley, tudo indica que o treinador terá trabalho.

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