Temer assiste chegada de vítimas no aeroporto e decide ir ao velório
Presidente Temer ao chegar no Aeroporto de Chapecó
Presidente Temer ao chegar no Aeroporto de ChapecóDepois da polêmica sobre sua ausência na cerimônia no estádio da Chapecoense, o presidente da República, Michel Temer, mudou de ideia e decidiu ir à Arena Condá, informou a assessoria da presidência, destacando que o local reúne condições de segurança para recebê-lo. O peemedebista está no aeroporto e assiste, junto a autoridades e familiares das vítimas, ao desembarque dos corpos de vítimas da tragédia.
A presença presidencial foi polêmica durante toda a semana. Alguns familiares chegaram a reclamar do fato de precisarem ir até o aeroporto “encontrar o presidente”. A indecisão sobre a presença ou não de Temer no estádio durou até o fim da cerimônia.
No final, Temer decidiu ir ao local do velório. “Não disse antes que iria ao estádio porque se eu dissesse a segurança iria colocar pórticos ao redor do estádio e revistar as pessoas que entram. Só comuniquei que vou lá agora para facilitar a vida de todos”.
Familiares das vítimas mostraram clara insatisfação com o fato de se deslocarem do estádio para o aeroporto. Quem mais vocalizou essa insatisfação foi o pai do zagueiro Felipe Machado, Osmar Machado, ainda no gramado da Arena Condá, na última sexta-feira. “Isso é um desrespeito. Eu ter que sai daqui para dar um abraço no presidente. Quem deveria vir até nós era ele”, disse. Osmar, de fato, não foi ao aeroporto.
Enquanto o presidente cumprimentava os familiares em uma sala privada, informações conflitantes surgiram sobre a ida dele ao estádio. A assessoria da Chapecoense informou a ida do presidente à Arena Condá aos repórteres que estavam no local. Mas, ao mesmo tempo, a assessoria da presidência não confirmava a informação. A parente de uma das vítimas foi quem avisou aos repórteres que no encontro, Temer teria afirmado que iria ao velório.
Quando o primeiro avião chegou trazendo os corpos das vítimas, os familiares saíram do encontro com o presidente e se dirigiram para uma área externa, perto da pista. O clima era de muita comoção. Os caixões foram desembarcados um a um, com um pano branco envolvendo-os. Eles passaram por duas fileiras de militares perfilados – ao som da marcha fúnebre.
Cada corpo que passava era recebido por palmas. Como os caixotes estavam identificados com o nome das vítimas, os parentes caíam em prantos ao vê-los passar. Chovia muito forte e o presidente declarou: “quando vejo essa chuva, penso que deva ser São Pedro chorando a morte desses jogadores”.
Também estão no aeroporto o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
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