Tentando gol 100 nos pontos corridos, Borges relembra conquistas e “fenômeno” Neymar
O atacante Borges foi artilheiro por onde passou. São Paulo, Grêmio, Santos, Cruzeiro e, atualmente, Ponte Preta, já contaram com seus serviços para marcar gols. Aos 34 anos, Borges agora mira uma marca histórica: o gol de número 100 no Campeonato Brasileiro de pontos corridos. Em entrevista a Fausto Favara e Bruno Prado, da Rádio Jovem Pan, ele falou também sobre o que é necessário para vencer o Brasileirão, lembrou sua passagem pelo Santos e fez elogios a Neymar.
“ Eu penso em subir um degrau a cada dia. O meu primeiro objetivo é, se Deus permitir, vencer, e, se tiver a possibilidade, chegar o mais rápido aos 100 gols no Brasileiro. Mas não faço disso uma prioridade, uma ambição. Se eu fizer meu melhor e ajudar meus companheiros, vai acontecer naturalmente”, disse Borges, que já chegou ao gol de número 98. Na era dos pontos corridos, é o terceiro maior artilheiro, atrás apenas de Fred (111) e Paulo Baier (106).
Por isso, o atacante tem moral para falar sobre essa fórmula de disputa do torneio nacional. “No campeonato de pontos corridos, os times têm de encarar todas as partidas como uma final, não tem muito esse ditado de ‘em casa fazer valer o mando de campo e conseguir um empate fora de casa’. Leva o título quem consegue ser mais regular durante todo o campeonato, independentemente de jogar dentro de casa ou fora” analisou Borges, que fez elogios ao líder Corinthians. “O Corinthians tem um grupo muito experiente, que está sabendo administrar essa competição, tem um treinador que nunca relaxa, está sempre cobrando do time para fazer o melhor, e por isso estão na liderança”.
Entre seus quatro títulos do Brasileirão, Borges guarda o de 2008, pelo São Paulo, com carinho. “Todo título tem uma importância muito significativa. Foram momentos inesquecíveis em 2007, em 2008, no Cruzeiro em 2013 também foi muito bom, onde fui artilheiro da equipe. Mas sem sombras de dúvida 2008 foi o que mais mexeu comigo porque foi um ano em que o São Paulo tinha o pior time da década até julho, e depois acabou campeão”, disse o artilheiro, que foi fundamental na reta final daquela temporada. Outro momento que marcou sua carreira foi a passagem pelo Santos em 2011.
“No Santos, falando individualmente, foi meu melhor momento. Tive uma sequência realmente muito boa, sou o maior artilheiro do Santos em Campeonatos Brasileiros e foi um ano em que conquistei a artilharia e fui convocado para a Seleção Brasileira. Foi espetacular. Nesse mesmo ano trabalhei com jogadores que viviam fases inesquecíveis: o Ganso estava jogando muita bola, tinha o Elano, o time tinha sido campeão da Libertadores, e havia um fenômeno, um tal de Neymar. Ele fez coisas dentro de campo e em treinamentos que eu nunca vi ninguém fazer, então não é à toa que já já vai ser o melhor jogador do mundo”, concluiu Borges.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.