Thiago Pereira sobre seu recorde: “É uma coisa maravilhosa”
Toronto (Canadá), 18 jul (EFE).- O nadador brasileiro Thiago Pereira disse neste sábado que ser o atleta com maior número de medalhas da história dos Jogos Pan-americanos, com 23, é “uma coisa maravilhosa” .
“É maravilhoso estar vivendo tudo isto. Não foi uma coisa que veio do dia para a noite, foi algo que fui construindo pouco a pouco, ano a ano”, afirmou após ser prata na prova dos 200 metros medley individual.
Depois, Tiago ganhou o ouro no revezamento 4×100 medley, embora não tenha participado da final, mas foi merecedor da medalha por ter nadado na classificação.
Desta forma, com 23 medalhas, superou o ginasta cubano Erick López como o desportista pan-americano mais premiado.
“Nos Jogos de Santo Domingo 2003, meu primeiro pan-americano, nunca imaginei estar vivendo isto agora, foi uma coisa que foi acontecendo de um ciclo olímpico para o seguinte”, afirmou. “Em 2015, após 12 anos dos meus primeiros Pan-Americanos consegui”.
Tiago destacou que esta competição é “muito importante para os brasileiros porque é uma miniolimpíada; é um momento único”.
O medalhista olímpico considerou que sua desqualificação na quinta-feira na prova de 400 medley que tinha vencido o afetou, mas que o esporte não são apenas vitórias e teve que “erguer a cabeça” e “superar” para conseguir hoje as duas medalhas que lhe faltavam para superar o recorde de López.
“Não sei se voltarei a um pan-americano. Podem acontecer muitas coisas, são quatro anos e muita coisa pode acontecer”, disse Tiago, que, disse, prefere viver o presente, pois nunca se sabe “o que virá amanhã e é preciso desfrutar este presente tão maravilhoso”.
Enquanto isso, espera ajudar os jovens nadadores brasileiros Brandonn Almeida e Henrique Rodrigues, que estão começando e vão ser o “futuro” da natação brasileira.
Questionado pela Efe pelo fato de ter ganhado duas medalhas de ouro sem ter competido na final, os revezamentos de 4×100 estilo livre e de 4×100 medley, considerou que, apesar da natação ser um esporte individual, os nadadores brasileiros são uma “equipe”.
“Temos que pensar mais nisso, porque não há nada maior que nossa bandeira e representar nosso país”, opinou, embora tenha reconhecido que teria gostado de participar da final, mas foi uma “decisão técnica” e deve respeitá-la. EFE
abm/asc
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.