Tite: Corinthians teria perdido Mundial se adversário fosse o Barcelona
A vitória do Corinthians sobre o Chelsea na final do Mundial de Clubes de 2012 foi o ponto máximo da carreira de Tite. Porém, o treinador admite que, para conseguir derrubar um gigante europeu, o time alvinegro deu um pouco de sorte de encontrar um adversário em reformulação. Em entrevista exclusiva ao repórter Luís Carlos Quartarollo, da Jovem Pan, o técnico disse que não teria sido campeão se tivesse enfrentado, por exemplo, o Barcelona, que havia feito 4 a 0 no Santos no ano anterior.
“(Para ser campeão mundial) Só se pegar uma equipe europeia num momento de transição, igual nós pegamos contra o Chelsea. Porque se nós tivéssemos enfrentado o Barcelona, tal qual o Santos, não teríamos vencido. Não estou falando isso com gosto, com prazer. Mas se pegar o nível de investimento que os europeus têm, a manutenção de seus grandes atletas, o plantel, é inconcebível fazer comparação”, disse Tite.
A equipe corintiana venceu o Chelsea por 1 a 0 com um gol de Guerrero no segundo tempo. Apesar de os paulistas terem controlado boa parte do jogo, marcando forte e rodando bem a bola, o melhor jogador em campo foi o goleiro Cássio, que brilhou com grandes defesas e foi eleito também o craque da competição.
Para Tite, a diferença de investimento entre times sul-americanos e europeus inviabiliza qualquer comparação. “Tu sabes o quanto o Santos lutou para permanecer com o Neymar. Aí tu pegas o Guardiola, por exemplo, que vai para o Bayern, que já tem Robben e Ribéry, e contrata Douglas Costa por R$ 100 milhões. Em uma posição onde já tem dois jogadores extraordinários. Então são realidades diferentes”.
O treinador também disse não acreditar que o River Plate possa superar o Barcelona no mundial deste ano, que será disputado entre 10 e 20 de dezembro no Japão. “É mais fácil a gente adivinhar a diferença de gols do River contra o Barcelona do que propriamente quem vai vencer. A exceção é se pegar um momento extraordinário, como nós do Corinthians estávamos, e um momento de transição de uma equipe europeia, como o Chelsea estava. Isso não retira absolutamente o valor da conquista, mas comparar Chelsea ao Barcelona, por exemplo, não é a mesma coisa”.
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