Tite rejeita vaga garantida e exalta entrega do time após expulsão de Guerrero
Nada garantido. Apesar de bater o Once Caldas por 4 a 0 na ida da fase preliminar da Libertadores, o Corinthians não tem classificação certa. Em entrevista coletiva concedida depois do duelo, o técnico Tite evitou falar em vaga conquistada, revelou ter se inspirado em Luxemburgo quando a equipe ficou com um a menos (Guerrero foi expulso ainda na etapa incial) e destacou a superação dos jogadores, além do apoio incondicional da torcida presente nas arquibancadas da Arena Corinthians.
Com 1 a 0 no placar desde o início da partida, o Corinthians teve seu ímpeto freado com a expulsão de seu principal jogador. Mesmo assim surpreendeu e mostrou forças para ampliar a vantagem em casa. Apesar de feliz, Tite preferiu não se empolgar com a ótima margem conquistada pelos alvinegros. “É uma vantagem considerável, mas não é classificação antecipada”, frisou.
Na saída do gramado, os jogadores ressaltaram a entrega devido à ausência de Guerrero. Para Tite, isso foi fundamental no decorrer da partida. “Copiei o Vanderlei Luxemburgo quando um jogador foi expulso. Ele foi muito feliz na abordagem. Pega o percentual do Guerrero e cada um abraça 10%. E vamos embora. Abraça o urso agora e vai a morrer. Quando não tiver mais fôlego, tenho mais três para entrar”, explicou.
A goleada diante do Once Caldas foi apenas a segunda partida oficial de Tite na Arena Corinthians. Por isso, o treinador ainda se mostrou deslumbrado com o poder da nova casa alvinegra. “Eu não posso falar, falaria um palavrão que sempre falo. Minha mulher me proibiu de falar palavrão. Quando começou a gritar, aquilo bombava no meu ouvido, olhei para o banco e disse: “Meu Deus do céu”. Pulsa, e o atleta se desdobra. É característica do clube. Para jogar aqui, precisa ter qualidade técnica, mas também arrastar a bunda no chão”. A raça corintiana foi tanta que, antes do final da partida, Fábio Santos, em jogada ríspida, acabou expulso também.
Questionado se poupará titulares ou mandará força máxima para o clássico diante do Palmeiras, no próximo domingo (08), no Allianz Parque, Tite se esquivou. “Planejamento se faz de forma conjunta. Técnico não tem autonomia, tem clube e direção por trás dele”, finalizou.
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