Tite revela: questionou trabalho e recusou bicho após cair na Libertadores

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2015 13h51
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Ana Cichon/Jovem Pan Hexacampeão

O técnico Tite terminou a temporada em alta após conquistar o hexacampeonato brasileiro pelo Corinthians, quebrando o recorde de aproveitamento da era dos pontos corridos com 20 clubes. Mas no meio do ano, ele chegou a questionar o próprio trabalho e recusar um bicho – premiação extra por vitória – oferecido pela diretoria alvinegra para tentar reerguer o time após a eliminação na Copa Libertadores para o Guaraní, do Paraguai.

“Esse foi o momento mais difícil, eu inclusive questionei os rumos do trabalho”, revelou Tite em participação no programa Esporte em Discussão na Jovem Pan. “Fui para casa muito pensativo, minha esposa perguntou o que era, eu disse que tinha que redirecionar o trabalho. Contra o Guaraní foi uma eliminação jogando mal, e depois a equipe ficou muito pressionada, não conseguia aproveitar as chances criadas”.

Logo após a queda na Libertadores para os paraguaios nas oitavas de final, o Corinthians passou por um momento muito ruim na temporada. Empatou com o Fluminense e teve derrotas consecutivas para Palmeiras e Grêmio no Campeonato Brasileiro. O jogo seguinte, uma vitória por 1 a 0 sobre o Joniville, é visto por Tite como o momento crucial da virada.

“Foi oferecido, no jogo contra o Joinville, em um momento de dificuldade muito grande, um valor, um bicho, um prêmio especial. O Edu (gerente de futebol) veio falar comigo, e eu disse: não quero. A equipe vai ganhar porque precisa retomar, não por um prêmio. Falei com o time: retirei o prêmio de vocês, porque entendi que tínhamos condições de retomar. Que dê (o bicho) em outro momento. Era um momento emocional de queda de confiança”, afirmou o técnico.

As saídas de jogadores importantes como Fábio Santos, Guerrero e Emerson também fizeram Tite duvidar de até onde o Corinthians podia chegar em 2015. Neste caso, o treinador afirmou que a diretoria teve função essencial para intervir e manter o time no rumo.

“Na saída de atletas, também me questionei. Aí teve o papel importante da direção de dizer: ninguém vai sair mais. Vamos permanecer, temos problema financeiro, não temos condições de contratar, mas vamos dar a esses atletas as condições”, lembrou.

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