Titular nas Copas de 74 e 78, Émerson Leão pede por Fábio na Seleção
Com 105 jogos defendendo a camisa da Seleção Brasileira e quatro Copas do Mundo no currículo, Émerson Leão conversou com exclusividade com a Rádio Jovem Pan e comentou sobre sua preferência para a camisa 1 no Mundial do Brasil.
Na terça-feira, Felipão anunciou a última convocação – somente com jogadores que jogam no exterior – para amistoso antes da Copa. Entre os 16 nomes, o único goleiro foi Júlio César, que tem a confiança do treinador.
Leão, no entanto, não o vê como o melhor nome para ser titular. “Na última Copa, em que ele foi criticado pela desclassificação do Brasil, eu era contrário às críticas, achava que tinha sido um lance infeliz, pois ele estava em boa atividade, subindo cada vez mais de produção. Hoje, pela inatividade, por tudo que ficou afastado, por retornar sem confiança necessária que se via nele, eu acho que a gente tá fazendo uma injustiça muito grande faz algum tempo”.
Júlio estava no banco do Queens Park Rangers, da Inglaterra, e recentemente acertou com o clube canadense Toronto FC, mas ainda não foi apresentado.
Além de Júlio César, outros nomes como Jefferson e Diego Cavalieri, frequentemente convocados, também não tem a preferência de Leão. O dono da camisa 1, para o ex-goleiro, deveria ser Fábio. “Não conheço pessoalmente, mas conheço capacidade e regularidade alta, e isso que é bom para um goleiro”.
A constância e a regularidade são os principais motivos para Leão apostar em Fábio, mas ele destaca que a preferência pessoal e a indecisão de treinadores atrapalha a escolha. “Se observar, na era Mano tivemos quase dez goleiros convocados. Significa que a Copa passou, tá chegando outra e não temos ninguém que o torcedor fala ‘Quem é o goleiro? Esse’. Não temos uma coisa chamada unanimidade, aquele que pega a camisa titular, leva para casa e não dá para ninguém”.
O ex-goleiro destaca que convocação é algo do treinador, e relembra que houve épocas em que “merecia e não era chamado pelo Telê, por uma baita preferência pessoa”. Mas reforça: “Não estou desmerecendo o Júlio César e os outros, mas a Seleção precisa ter o carro chefe, que é o goleiro, e eu vejo o Fábio com condições de chegar e jogar, pelos anos de sucesso no Cruzeiro”.
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