Tóquio despreza projeto de Estádio Olímpico após as críticas e alto custo

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 10h05

Tóquio, 17 jul (EFE).- O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou nesta sexta-feira que tomou a decisão de “retomar desde zero” o projeto do novo estádio olímpico de Tóquio após as críticas recebidas por conta de sua magnitude e excessivo custo.

“Decidi que vamos começar do zero o projeto do Novo Estádio Nacional desenhado para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020 em Tóquio”, explicou Abe, que assegurou que o recinto deve ser um lugar bom tanto para os atletas como para os cidadãos.

Devido a esta decisão, que desprezará o atual plano desenhado pela arquiteta Zaha Hadid e suporá inclusive a convocação de um novo concurso, o estádio não estará pronto como se esperava para a Copa do Mundo de Rugby de 2019, reconheceu o primeiro-ministro.

No entanto, Abe insistiu depois de se reunir hoje com o presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020, Yoshiro Mori, que o recinto poderá ser terminado a tempo para os Jogos Olímpicos que a capital japonesa sediará dentro de cinco anos.

O projeto da famosa arquiteta recebeu uma crescente onda de críticas tanto dos cidadãos como de especialistas devido a seu elevado custo e seu projeto não adaptado ao entorno urbano do recinto, que será construído sobre o antigo estádio dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 1964.

Neste sentido, o primeiro-ministro do Japão assegurou que após escutar durante um mês diferentes setores envolvidos, decidiu “reduzir o custo ao mínimo” e que o projeto eleito seja “o mais realista”.

Segundo uma pesquisa recente da emissora pública “NHK”, 81% dos cidadãos japoneses se opõem à construção do polêmico estádio, enquanto só 13% aprovam.

Nas últimas semanas também se intensificaram as críticas desde diferentes setores depois que seus responsáveis confirmaram que o custo da sede central dos Jogos chegaria a 252 bilhões de ienes (US$ 2 bilhõe), o dobro dos orçado originalmente.

O projeto causou um mal-estar, além disso, entre o governo central japonês e as autoridades locais de Tóquio por conta da parte de dinheiro que cada instituição deverá fornecer para sua construção.

Em maio, o governo já introduziu no projeto original as remodelações de retirar seu teto retrátil e reduzir o número de assentos fixos desde 80 mil até 50 mil, a fim de baratear e diminuir o tempo de construção. EFE

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