Tóquio reduz custo do estádio olímpico e sua capacidade para 68 mil pessoas

  • Por Agencia EFE
  • 28/08/2015 03h38

Tóquio, 28 ago (EFE).- O governo japonês aprovou nesta sexta-feira seu novo plano para a construção do estádio olímpico para as Olimpíadas de Tóquio em 2020, que corta seu orçamento aproximadamente à metade do projeto anterior, e diminui sua capacidade de 80 mil para 68 mil assentos fixos.

O estádio contará com um orçamento de 155 bilhões de ienes (R$ 4,5 bilhões), segundo o roteiro aprovado hoje pelo Executivo.

Isto representa quase a metade do projeto anterior desprezado, que disparou até 252 bilhões de ienes (R$ 7,3 bilhões), enquanto sua capacidade será também inferior ao inicialmente previsto, mas poderá ser ampliada até 80 mil pessoas com arquibancadas temporárias.

O governo também se fixou o objetivo de terminar a construção das novas instalações em janeiro de 2020, como lhe tinha solicitado o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, durante uma reunião na capital japonesa no último dia 25.

“Conseguimos uma redução significativa da despesa em 100 bilhões de ienes”, afirmou o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, durante a reunião de seu gabinete na qual se deu sinal verde ao plano.

Em meados do mês passado, o governo decidiu retomar do zero o projeto do novo estádio olímpico, após uma inundação de críticas devido a sua magnitude e custo excessivo, o dobro do orçado originalmente.

O projeto original, da arquiteta anglo-iraquiana Zaha Hadid, contava com teto retrátil e capacidade para 80 mil pessoas, mas sua capacidade e suas características técnicas foram rebaixadas paulatinamente em uma tentativa de reduzir seu custo.

O Executivo japonês escolherá agora um novo projeto em um concurso público que será aberto em setembro e encerrado em novembro, e prevê que a construção do estádio comece no final de 2016.

“De agora em adiante vamos revisar bem todos os processos, principalmente os necessários para a construção, e iremos explicando seu estado em cada momento”, afirmou Abe, que tenta assim deixar para trás as críticas sobre a escolha do projeto anterior e as empresas contratadas para as obras.

O plano aprovado pelo governo também estabelece que o estádio estará unicamente coberto nas áreas de assentos para espectadores, e que sua pista de atletismo será desmontável.

Estas características facilitariam que as instalações fossem usadas para outros esportes e eventos após Tóquio 2020, quando o estádio passaria para a inciativa privada, segundo os planos do Executivo japonês.

O governo também decidiu incluir a possibilidade de ampliar sua capacidade para 80.000 espectadores com arquibancadas provisórias com o objetivo de apresentar uma futura candidatura para receber uma Copa do Mundo, segundo consta do documento. EFE

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