Torcedor flamenguista segue em estado grave após briga no Mané Garrincha

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/06/2016 07h58
DF - BRASILEIRÃO/FLAMENGO X PALMEIRAS - ESPORTES - Torcedores respiram gás de pimenta durante a partida entre Flamengo e Palmeiras, em partida válida pela Série A do Campeonato Brasileiro 2016, no Estádio Mané em Brasília (DF), neste domingo (05). 05/06/2016 - Foto: FELIPE COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO FELIPE COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Torcedores respiram gás de pimenta durante a partida entre Flamengo e Palmeiras neste domingo em Brasília

Um torcedor do Flamengo está internado em estado grave após uma briga entre membros das organizadas de Flamengo e Palmeiras no estádio Mané Garrincha, no intervalo e depois da partida em que o time alviverde derrotou o rubro-negro por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro, neste domingo. Um outro torcedor rubro-negro também foi internado, mas está consciente.

O torcedor internado em estado grave chama-se Evandro Gatto, tem 47 anos, mora no Rio de Janeiro e, segundo informações do Hospital de Base, sofreu um traumatismo craniano. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, 30 palmeirenses foram detidos.

O outro flamenguista hospitalizado é João Vitor dos Santos Araújo, de 30 anos. Ele sofreu vários ferimentos pelo corpo, teve um corto no rosto após ser atacado por torcedores e foi levado para o hospital sangrando muito, mas consciente, segundo o Corpo de Bombeiros.

Segundo a assessoria de imprensa da PM, palmeirenses com os rostos cobertos pela camisa do time deixaram a área destinada à torcida alviverde e invadiram o local reservado aos flamenguistas.

Os seguranças do estádio tentaram conter o confronto, mas não conseguiram e, por isso, os policiais foram acionados e usaram gás de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar a briga. Os torcedores reagiram invadindo a área de bares do estádio e arremessaram lixeiras contras os policiais. A polícia informa que os agressores poderão responder por tentativa de homicídio por causa da agressão ao torcedor rival.

Spray

Aproximadamente 350 policiais foram deslocados para conter o confronto no estádio, com o apoio de policiais que atuaram na escolta de torcedores. Três sargentos saíram feridos. Um teve o nariz quebrado por uma pedrada, o segundo, as mãos perfuradas por estilhaços e o terceiro, uma contusão causada por um extintor arremessado em suas costas.

O spray de pimenta utilizado pela PM acabou chegou as arquibancadas e ao gramado do estádio Mané Garrincha. Torcedores e jogadores das duas equipes tiveram dificuldades para respirar. Por causa da confusão, o segundo tempo da partida começou dez minutos atrasado.

“De uma hora para outra começou a coçar a garganta e ter ânsia de vômito. Vomitei um pouco e tive uma sensação ruim na garganta Sabemos que hoje, com a tecnologia que tem, consegue identificar as pessoas. Só que não adianta levar para um lugar, ficar meia hora, fazer uma ficha…”, desabafou o goleiro Fernando Prass.

Uma cena que chamou a atenção foi de um pai carregando o filho cadeirante nos braços. Chorando, ele beijava o rosto do garoto e corria para tentar tirá-lo do local. Um brigadista, que usava máscara para se proteger do spray, levava a cadeira de rodas.

Recentemente, um jogo disputado no Mané Garrincha entre Vasco e Vila Nova, pela Série B do Campeonato Brasileiro, também teve confusão e o jogo foi paralisado por causa do gás de pimenta.

Em São Paulo, o Ministério Público decidiu abolir torcidas visitantes em clássicos após a morte de um homem no último Corinthians e Palmeiras, realizado no começo de abril. Torcedores brigaram em São Miguel Paulista, zona leste da cidade, e na confusão, um homem que passava pelo local e nada tinha a ver com a confusão, levou um tiro no coração e morreu.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.