Torcedor ligado a caso de racismo em Paris dirige ONG de direitos humanos
Uma das pessoas identificadas no caso de racismo de torcedores do Chelsea contra um francês negro no metrô de Paris, terça-feira passada, é diretor de uma ONG (organização não-governamental) de direitos humanos. Nesta segunda-feira, Richard Barklie, de 50 anos, que fez trabalhos voluntários por anos na África e na Índia, admitiu estar envolvido no caso, mas negou que tenha praticado racismo.
Ex-policial e atualmente dirigente da World Humam Rights Forum, Barklie trabalha com suporte a pessoas discriminas. Em comunicado, ele disse que não fez parte dos atos de racismo e que condena os torcedores que cometeram racismo.
Braklie garantiu que contatou a polícia para “explicar o contexto e as circunstâncias” do que aconteceu. O ex-policial garantiu que foi ao jogo sozinho e que não conhece as outras pessoas mostradas no vídeo. Viajando para acompanhar o Chelsea há 20 anos, ele alega nunca ter participado de nenhum incidente, nem fazer parte de qualquer facção de torcida.
ENTENDA O CASO – Na última terça-feira, antes da partida entre Paris Saint-Germain e Chelsea, que terminou empatada em 1 a 1, pela Liga dos Campeões, um grupo de torcedores do time londrino foi filmado impedindo o homem negro Souleymane S de embarcar em um trem. O incidente aconteceu na estação de metrô Richelieu Drouout.
Depois de duas vezes empurrarem o homem para longe, os torcedores, alguns dos quais gritavam “Chelsea, Chelsea, Chelsea” passaram a cantar “Somos racistas, somos racistas, e esse é o modo que nós gostamos”. Outra passageira, uma mulher negra, em seguida, se afasta do trem.
Na sexta, o Chelsea reprovou totalmente a atitude discriminatória dos torcedores e já anunciou que cinco deles estão suspensos provisoriamente de entrarem no Stanford Bridge, estádio do clube londrino. Caso seja comprovada a culpa deles, todos serão banidos de forma vitalícia das atividades do clube.
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