Toronto se despede de seu Pan com uma grande festa

  • Por Agência EFE
  • 27/07/2015 01h12
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Atletas encarregados de levar as bandeiras despedem-se do Pan EFE Confira imagens da cerimônia de encerramento do Pan de Toronto

Toronto se despediu neste domingo de seus Jogos Pan-americanos com uma grande festa no Rogers Centre, o mesmo local onde no dia 10 de julho começou oficialmente o evento, dominado por nacionalismo, multiculturalismo e passagem do bastão para a próxima sede, a capital peruana, Lima.

Diante de cerca de 40 mil pessoas que enchiam o local, Toronto comemorou o sucesso dos Jogos Pan-Americanos que, nos 16 dias de competição, foram assistidos por pouco mais de 1 milhão de pessoas, superando as expectativas de muitos.

O evento começou com o tradicional desfile de bandeiras e a entrada no estádio – que é da equipe de beisebol profissional do Toronto Blue Jays – de centenas dos atletas de 41 países e territórios que participaram dos Jogos Pan-Americanos.

Com os artistas no recinto, recebidos por centenas dos cerca de 23 mil voluntários que facilitaram o funcionamento dos jogos, aconteceu o primeiro show da noite, a da artista canadense Serena Ryder, que interpretou a canção oficial de Toronto 2015: “Together We Are One”.

Após Ryder, artistas indígenas interpretaram danças dos habitantes originais do Canadá em reconhecimento à tribo dos mississaugas, em cujo território ancestral foram realizados os Jogos.

Em seguida um rápido pot-pourri de músicas e culturas para refletir a diversidade multicultural de Toronto, um dos aspectos mais repetidos pelos organizadores dos 17º Jogos Pan-Americanos e desfrutados pelos mais de 6.000 atletas que participaram do evento.

A cerimônia de fechamento também serviu para que os anfitriões exibissem uma respeitável dose de nacionalismo e orgulho do bom trabalho feito na organização dos maiores Jogos Pan-Americanos da história.

Como assinalou o executivo-chefe de Toronto 2015, Saäd Rafi, em seu discurso de encerramento, os Jogos Pan-Americanos demonstraram que os canadenses podem fazer “coisas difíceis e fazê-las bem”.

O sentimento nacionalista canadense recebeu um novo impulso quando o vice-presidente da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), o mexicano Ivar Sisniega, encorajou Toronto a apresentar sua candidatura olímpica, ao assinalar que as instalações, a organização e a cidade eram “olímpicas”.

Durante a cerimônia de encerramento, o prefeito de Lima, Luis Castañeda, recebeu a bandeira da Odepa, que simboliza o revezamento da organização dos Jogos Pan-Americanos.

Posteriormente foi projetado na tela gigante do estádio Rogers Centre um vídeo sobre o Peru e a cidade de Lima, e no palco aconteceu uma série de atos artísticos sobre da cultura do país sul-americano, incluindo alusões ao povo indígena inca.

A noite terminou com os shows do artista cubano-americano Pitbull e do controvertido Kayne West que terminou jogando o microfone para o ar aborrecido quando problemas técnicos impediram que sua voz fosse ouvida.

A atuação de West tinha sido precedida por um pedido público, assinado por mais de 50 mil pessoas, para solicitar ao comitê organizador de Toronto 2015 sua substituição por outro artista, ao considerar que o rapper americano não é o melhor representante do espírito dos Jogos Pan-americanos. 

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