Tribunal rejeita recurso e Rubiales vai a julgamento por ‘beijo’ em Jenni Hermoso

Ministério Público da Espanha pede medida protetiva para a jogadora e prisão de 2,5 anos para o ex-dirigente, acusado de agressão sexual e coação

  • Por Redação
  • 22/04/2024 10h37 - Atualizado em 22/04/2024 10h41
EFE/RFEF/Pablo García Luis Rubiales pode pedir renúncia do cargo da RFEF a qualquer momento Além da pena de prisão, o promotor pede a inabilitação do ex-dirigente para trabalhar na área esportiva durante a pena

A Audiência Nacional autorizou que o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, seja julgado pelo beijo sem consentimento na jogadora, Jennifer Hermoso, na final da Copa do Mundo feminina, realizada na Austrália, em agosto de 2023. A terceira seção do Tribunal Penal adotou a decisão ao rejeitar os recursos contra a ordem do juiz do caso, Francisco de Jorge. Jorge Vilda, antigo selecionador, Albert Luque, diretor desportivo da seleção espanhola, e Rubén Rivera, responsável pelo marketing da RFEF, também serão julgados. Foi considerado pelo juiz que o beijo dado pelo ex-dirigente, após a conquista do título mundial, “não foi consentido, foi uma ação unilateral e de surpresa” e que o selecionador Jorge Vilda “exerceu pressão” sobre Hermoso.

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O juiz indicou “A finalidade erótica ou não, bem como o estado de euforia e agitação que se seguiram ao extraordinário triunfo, são elementos cujas consequências, ou consequências legais, devem ser determinadas durante o julgamento”. A argumentação foi dada em resposta às justificações de Rubiales, quando disse que a situação ocorreu num “momento de felicidade, de grande alegria e no momento”, rejeitando qualquer “conotação sexual”. Após os acontecimentos, o Rubiales, que inicialmente recusou a demissão do cargo, disse ter sido um pequeno beijo consentido e referiu estar a ser alvo de um “falso feminismo”.

O Ministério Público da Espanha pede a pena de dois anos e meio de prisão para Rubiales pelos crimes de agressão sexual e coação, e um ano e meio de prisão para os outros três processados. Além da pena de prisão, o promotor pede a inabilitação do ex-dirigente para trabalhar na área esportiva durante a pena, dois anos de liberdade vigiada e a proibição de se comunicar com a jogadora e abordá-la a menos de 200 metros por quatro anos.

*Com informações da EFE

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