Triste por Luxa, Geuvânio se rende a novo técnico Cannavaro: “sou amigo dele”

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2016 15h42
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Aos 24 anos Divulgação Aos 24 anos

Nos últimos meses, o tão distante futebol chinês ganhou um incomum destaque no noticiário brasileiro. Jogadores importantes, como Gil, Renato Augusto, Jadson e Luís Fabiano, reforçaram equipes asiáticase Vanderlei Luxemburgo acabou demitido após menos de um semestre à frente do modesto Tianjin Quanjian, da segunda divisão. No meio de todos estes acontecimentos estava Geuvânio, jovem atacante que, aos 24 anos, contrariou a tese de que a China só interessa a atletas experientes, e deixou o Santos para ganhar milhões do outro lado do planeta. 

Prestes a completar sete meses no mesmo Tianjin Quanjian de Jadson e Luís Fabiano, Geuvânio concedeu entrevista exclusiva a Marcio Spimpolo, da Rádio Jovem Pan, e falou sobre como anda a vida na Ásia. Com mais três anos e cinco meses de contrato, o ex-santista comentou sobre a polêmica demissão de Vanderlei Luxemburgo, explicou o curioso aumento de rendimento do time depois da saída do técnico brasileiro e rasgou elogios ao novo comandante da equipe, o italiano Fabio Cannavaro. 

Segundo Geuvânio, o ex-defensor, que foi campeão mundial com a Itália e eleito o melhor jogador do mundo em 2006, é mais do que um treinador. “O contato que eu tenho com ele aqui é muito bom. O Cannavaro é um cara muito tranquilo… Hoje, posso dizer que sou amigo dele”, revelou o atacante brasileiro. Ele nos ajuda bastante e tenta sugar o melhor de cada jogador“, acrescentou. 

De acordo com Geuvânio, a experiência como jogador transformou o italiano em um excelente agregador à frente do banco de reservas – o que tem feito a diferença para o aumento de desempenho do Tianjin. “Ele tenta sempre deixar os atletas para cima, nunca para baixo, é muito bom nesse aspecto emocional. O Cannavaro coloca na cabeça de cada jogador que ele tem qualidade e pode desempenhar bem. Durante a partida, sempre incentiva a todos. Diz que cada jogada sempre vai dar certo. É uma força que vem de fora do campo e que ajuda bastante, elogiou. 

Apesar de estar gostando do trabalho de Cannavaro, o atacante ainda sente falta de Vanderlei Luxemburgo. O treinador brasileiro foi demitido após somente seis meses de trabalho e depois de acumular uma série de entreveros com um dos diretores mais influentes do Tianjin, o ex-jogador da seleção chinesa Li Weifeng. Para Geuvânio, Luxemburgo foi vítima do mau relacionamento com a alta cúpula do clube. 

Eu não sei muito bem o que realmente aconteceu, mas parece que comissão técnica e diretoria não estavam se entendendo muito bem. Ficamos muito tristes com a saída do Luxemburgo… Queríamos que ele ficasse, porque era um brasileiro que nos ajudaria bastante. Mas é vida que segue. Não podemos pensar no passado“, afirmou o jogador, que chegou a temer pelo futuro no clube depois da demissão do técnico – a insegurança foi resolvida poucos dias depois, graças a um bate-papo dos atletas brasileiros com alguns diretores do Tianjin. 

Logo depois da saída do Luxemburgo, a diretoria chamou a gente para uma conversa e disse que continuava contando com o nosso futebol. Isso deu mais tranquilidade para a gente poder trabalhar“, admitiu, ainda sem conseguir explicar a repentina melhora do time depois da troca no comando técnico.

O Tianjin, que ocupava a modesta oitava posição da segundona quando Luxemburgo foi demitido, hoje é o vice-líder da competição, a apenas um ponto do primeiro colocadoA gente não consegue entender muito bem o que aconteceu. Estávamos tentando fazer o nosso melhor trabalho, mas, infelizmente, os resultados não estavam aparecendo… A fase era ruim, a bola não entrava e, por incrível que pareça, depois que o Vanderlei saiu, as coisas começaram a acontecer. Nós não entendemos muito bem o porquê“, afirmou. 

Com mais de três anos de contrato com o Tianjin, Geuvânio encerrou a entrevista dizendo que, por enquanto, não pensa em deixar o futebol chinês. “Se eu continuar fazendo um bom trabalho aqui, com certeza vou chamar a atenção de outras equipes mais fortes. Mas eu estou deixando para pensar no futuro depois… Estou focado no presente, aqui na China, que está sendo muito bom para mim. Tenho o objetivo de levar o Tianjin para a primeira divisão, e, aos poucos, ele está sendo alcançando. Em breve, coisas vão aparecer, aí eu sento e converso…“.

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