Última rodada terá perda notável de performance após tragédia com a Chapecoense, avalia psicológo
Menos de duas semanas após o acidente que matou 71 pessoas na Colômbia – entre jornalistas, jogadores e comissão técnica da Chapecoense, bem como a tripulação – o Campeonato Brasileiro retorna para sua última rodada com a promessa de manter viva a memória dos que se foram. Neste domingo (11), a última rodada deve contar com homenagens de diversos times aos colegas de profissão que morreram na tragédia.
Em entrevista exclusiva ao repórter Fredy Junior, no Plantão de Domingo da Jovem Pan, o psicólogo comportamental Eduardo Cillo destacou que a atuação dos jogadores, não apenas da Chapecoense como de diversos clubes brasileiros, fica comprometida na última rodada do Campeonato Brasileiro, que será realizada neste domingo (11).
“É uma situação atípica, muito difícil. Para quem ficou pode passar um monte de coisa na cabeça, desde a perda dos companheiros de trabalho até a comoção por imaginar que poderia estar nesse voo e que agora vai ser preciso recomeçar”, explicou o especialista. “Vamos notar que vai haver perda de performance e atenção”, completou.
Após o acidente, o mundo esportivo se mobilizou pelas vítimas da tragédia e também por aqueles que ficaram. Mas muitos lembraram que “a vida continua”.
O psicólogo Eduardo Cillo lembrou que os jogadores deverão continuar suas rotinas de treinamento, preparação para os jogos, além de viagens. “Isso é inevitável, faz parte da rotina do jogador. Para poder passar por todas essas tarefas é preciso estar minimamente equilibrado e isso leva um tempo. Para essa última rodada esse tempo é curto entre o ocorrido e o jogo”, acredita.
Eduardo Cillo lembrou ainda que não é apenas a perda no mundo esportivo. Há a perda de amigos. Muitos jogadores perderam amigos na tragédia. “Importante que jogadores são rivais dentro das quatro linhas, mas muitos se conhecem, são amigos. Isso mexe bastante com cada um ali. Claro que as pessoas têm formas diferentes de lidar com essa situação, mas vai haver perda grande do envolvimento e da execução do que estão acostumados a fazer em condições normais”, reiterou.
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