Unicef propõe que cidades da América Latina se aliem pela difusão do esporte
Rio de Janeiro, 2 dez (EFE).- A Unicef propôs nesta terça-feira uma associação entre todas as cidades da América Latina para impulsionar o esporte entre crianças e adolescentes, como ferramento para estimular o desenvolvimento da região e a inclusão social.
“Estamos convidando a todas as cidades para se somarem a uma iniciativa que começou no Rio de Janeiro e se mostrou bem-sucedida”, afirmou o representante da entidade no Brasil, Garry Stahl, na cerimônia da primeira edição da Conferência Internacional “Vamos Jogar”, que acontece no Museu de Arte do Rio de Janeiro.
O evento reuniu representantes de várias cidades, ONGs e incentivadores esportivos e foi convocado pela Unicef, precisamente, para divulgar e compartilhar experiências inovadoras e bem-sucedidas na América Latina.
Em entrevista à Agência Efe, Stahl garantiu ter aproveitado a reunião para lançar a ideia de estender o “Vamos Jogar”, que se trata de uma iniciativa da prefeitura do Rio de Janeiro para, mediante políticas públicas e a participação de atletas, impulsionando as atividades esportivas.
“No evento, esperamos estabelecer e aprofundar o diálogo com as cidades da América Latina, avançando na discussão de políticas públicas para promover o direito ao esporte”, disse o representante da Unicef no Brasil.
O órgão da ONU considera que o esporte, além de um direito garantido é uma ferramenta poderosa e divertida para impulsionar valores e para ensinar as crianças o trabalho em equipe, a disciplina, a cooperação, o respeito ao próximo, assim como prepará-las para encarar desafios e assumir funções de liderança.
O coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura do Rio de Janeiro, Laudemar Aguiar, garantiu que a cidade, como uma das sedes da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016, desenvolve várias iniciativas para universalizar o acesso ao esporte nas escolas públicas, entras as quais, o “Vamos Jogar”.
O secretário de Esportes de Porto Alegre, José Edgar Meurer, lamentou por sua vez que as cidades do país destinem menos de 1% do orçamento ao setor. O representante ainda acrescentou que a iniciativa proposta pela Unicef, assim como associações com empresas privadas podem ajudar a melhorar os esforços para prover o esporte.
A Unicef também propôs que as cidades latinas adotem critérios conuntos para medir o acesso ao esporte e o uso das atividades como ferramento para o desenvolvimento, de modo que o êxito das iniciativas possa ser comparado.
Entre os indicadores propostos destacam-se alguns como percentual de crianças com aulas de educação física na escola, oferta de atividades extracurriculares, percentual de escolas públicas com instalações esportivas, percentual do orçamento municipal destinado ao esportes, entre outros.
Os indicadores, segundo a Unicef, podem ser usados para planejar e melhorar as políticas públicas destinadas a promover o esporte, assim como para diagnosticar, vigiar e avaliar o acesso das crianças de cada cidade. EFE
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