Vai desencantar? Estádio dos gols, Fonte Nova renova fé da Seleção contra vexame

  • Por Bruno Landi/Jovem Pan
  • 09/08/2016 12h20

Arena Fonte Nova foi sinônimo de gols na Copa do Mundo e tem sido assim também na Olimpíada

Divulgação Arena Fonte Nova foi sinônimo de gols na Copa do Mundo e tem sido assim também na Olimpíada

Na seca após 180 minutos, a Seleção Brasileira masculina de futebol precisará balançar as redes para passar às quartas de final do torneio olímpico sem depender de outros resultados. Um 0 a 0 contra a Dinamarca, na próxima quarta-feira, em Salvador, só poderá classificar o Brasil se Iraque e África do Sul empatarem pelo mesmo placar, em São Paulo – neste caso, brasileiros e iraquianos ficariam iguais em pontos e em todos os critérios de desempate, forçando a realização de um sorteio para definir o segundo qualificado do Grupo A.  

Para evitar fortes emoções, portanto, o time de Rogério Micale terá de fazer o que ainda não fez em duas partidas nos Jogos Olímpicos: gols. Na estreia, contra a África do Sul, e na segunda rodada, contra o Iraque, o estrelado Brasil de Neymar, Gabriel Jesus e Gabigol passou em branco. Não foi vazado, é verdade, mas também não conseguiu superar as defesas adversárias.  

Como sempre pregou que suas equipes defendem com 11 e atacam com 11, Micale terá mais dois dias para conversar com todos os jogadores e encontrar uma forma de fazê-los, enfim, balançar as redes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Todo trabalho será bem-vindo, mas, se o jogo será disputado na Bahia, a terra de todos os santos, qualquer superstição também é válida.  

Por isso, o estádio que sediará a terceira partida da Seleção Olímpica pode, por que não, renovar a fé brasileira contra o vexame histórico que seria uma eliminação ainda na primeira fase de uma Olimpíada disputada dentro de casa, em um grupo com África do Sul, Iraque e Dinamarca.   

A Arena Fonte Nova, localizada no bairro de Nazaré, na capital baiana, é a “Arena dos gols” do futebol mundial há pelo menos dois anos. Nas duas últimas grandes competições envolvendo seleções de todos os continentes, nenhum estádio do planeta teve média de gols tão grande quanto o do Esporte Clube Bahia.

Na Copa do Mundo de 2014, foram 24 gols em seis jogos na Arena Fonte Nova. A média de quatro balanços de rede por partida transformou o estádio soteropolitano no mais “frutífero” do último Mundial. Jogos espetaculares, como o Holanda 5 x 1 Espanha, Alemanha 4 x 0 Portugal e Suíça 2 x 5 França, por exemplo, aconteceram na Bahia. 

A tendência artilheira se manteve na Rio-2016. Até o momento, 34 gols foram marcados em seis partidas disputadas na Fonte Nova pelos Jogos Olímpicos. A média, por enquanto, é de quase seis balanços de rede por confronto. Nenhum dos duelos realizados na Bahia até aqui teve menos de três gols marcados. 

No que depender do estádio, portanto, a Seleção Brasileira masculina de futebol enfim participará de um jogo com gols na Olimpíada de 2016. O que Rogério Micale e as mais de 40 mil pessoas que comparecerão à Arena Fonte Nova esperam, contudo, é que eles sejam anotados pelo time verde e amarelo. Caso contrário, um novo vexame sem precedentes recairá sobre o País mais vencedor da história do esporte bretão. 

Veja abaixo os jogos da Olimpíada na Fonte Nova em 2016:   

México 2 x 2 Alemanha – Primeira fase  
Fiji 0 x 8 Coreia do Sul – Primeira fase  
Fiji 1 x 5 México – Primeira fase  
Alemanha 3 x 3 Coreia do Sul – Primeira fase
Austrália 6 x 1 Zimbábue – Primeira fase (feminino)
Nova Zelândia 0 x 3 França – Primeira fase (feminino)

Veja abaixo os jogos da Copa do Mundo na Fonte Nova em 2014: 

Holanda 5 x 1 Espanha – Primeira fase  
Suíça 2 x 5 França – Primeira fase   
Alemanha 4 x 0 Portugal – Primeira fase  
Bósnia 3 x 1 Irã – Primeira fase  
Bélgica 2 x 1 Estados Unidos – Oitavas de final  
Costa Rica 0 (3) x (4) 0 Holanda – Quartas de final 

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