Vasco sofre, mas vence Ceará de virada, evita vexame e retorna para a Série A

  • Por Estadão Conteúdo
  • 26/11/2016 19h47
RJ - SÉRIE B/VASCO X CEARÁ - ESPORTES - Thalles, do Vasco, comemora após marcar gol em partida contra o Ceará, válida pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no Estádio do Maracanã, na zona norte do Rio, na tarde deste sábado (26). 26/11/2016 - Foto: REGINALDO PIMENTA/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO REGINALDO PIMENTA/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO Talles comemora junto com Nenê o gol da virada do Vasco sobre o Ceará

O sábado do Vasco foi de sofrimento, com um flerte com um dos maiores vexames da sua história. Porém, após sair atrás no marcador e ficar ameaçado de passar mais um ano na Série B do Campeonato Brasileiro, o time carioca reagiu no segundo tempo e virou sobre o Ceará por 2 a 1, no estádio do Maracanã, no Rio, e assegurou o retorno à elite do futebol nacional na 38ª e última rodada.

Apesar da vitória, a torcida, que lotou o estádio, não perdoou a campanha ruim, principalmente no segundo turno, quando fez apenas 26 pontos, 13 a menos em comparação ao turno inicial, e fez fortes críticas ao presidente Eurico Miranda.

Embora tenha integrado o G4 durante toda a competição, o Vasco poderia ter deixado o grupo no momento mais importante, caso perdesse e o Náutico vencesse o Oeste – os pernambucanos perderam, em casa, por 2 a 0. Com 65 pontos, os cariocas evitaram um desastre e terminaram o torneio na terceira posição. Com 54 pontos, o Ceará ficou na 10.ª colocação e permanece na Série B.

Com a necessidade de vencer o jogo, a torcida cruzmaltina comprou todos os ingressos para a partida. Porém, o que deveria ser apoio, se transformou em pressão. Apesar da média de idade ser de 30,3 anos e de oito dos 11 titulares ter idade superior a 33 anos, o time era puro nervosismo e medo de não conseguir o acesso para a Série A. Sem conseguir manter a posse de bola, o time abusava dos passes errados e não tinha criatividade. Era tudo na individualidade, como aos 11 minutos, quando Thalles girou para cima de Ewerton Páscoa e chutou forte para a boa defesa de Éverson.

Foi a única vez que levou perigo ao adversário. Com a tensão cada vez maior, os erros se intensificaram e o Ceará começou a chegar no contra-ataque. Aos 16 minutos, os cearenses atacaram cinco contra três, mas não conseguiram aproveitar a vantagem numérica. Seguro durante toda a temporada, o goleiro uruguaio Martin Silva também sentiu a pressão e se atrapalhou em dois chutes. Por sorte não sofreu o gol.

Porém, na terceira tentativa, a falha foi cruel. Aos 27 minutos, após novo passe errado no meio de campo, Eduardo arriscou de longa distância e pegou Martin Silva desprevenido: 1 a 0. A torcida intensificou o protesto contra Eurico Miranda e começou a gritar Oeste, que fez 2 a 0 em cima do Náutico, no Recife, ainda no primeiro tempo.

Na etapa final, bastaram quatro minutos para a virada. Eder Luis, que entrou no lugar do vaiado Diguinho, chutou forte, Éverson deu rebote e Thalles empatou o jogo, aos 2 minutos: 1 a 1. Aos 4, Madson cobrou lateral na área, Jorge Henrique ajeitou e Thalles marcou o segundo: 2 a 1.

De forma imediata, o Ceará respondeu na sequência com Wescley. O atacante recebeu livre na área e tocou por cima de Martin Silva. A bola bateu no travessão. O novo susto não intimidou a torcida, que esqueceu a campanha ruim da Série B e passou a ser total apoio ao time.

A experiência, que faltou ao time no início da partida, entrou em campo para administrar a vantagem. A cada falta, uma pausa para esfriar o jogo. Sem objetivo no campeonato, seja por acesso ou rebaixamento, o Ceará se conformou e não criou problema para o adversário. Apenas Rafael Costa, em lances individuais, tentava algo diferente, mas sem causar perigo. O Vasco segurou a vantagem e aguardou o apito final, com a divisão da torcida entre aplausos e vaias ao time.

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