Venezuela espera conquistar 20 medalhas de ouro no Pan de Toronto

  • Por Agência EFE
  • 07/07/2015 20h04
Reprodução Boxeadora venezuelana

A delegação venezuelana que participará dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 pretende somar pelo menos 20 medalhas de ouro e superar seu melhor registro histórico – 16 douradas em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2003 – com 382 atletas que participarão de 46 modalidades esportivas.

A Venezuela deposita suas esperanças em seu porta-bandeira, o fundista Marvin Blanco, que conquistou duas medalhas douradas no Campeonato Ibero-americano de Atletismo de São Paulo, em 2014, e nos esportes de combate como a esgrima – no qual se destaca Rubén Limardo -, além do caratê e da luta olímpica.

“Esta delegação conta com 60% de homens e 40% de mulheres. Esperamos ter uma excelente participação e obter entre 18 e 20 medalhas de ouro”, afirmou o presidente do Comitê Olímpico Venezuelano (COV), Eduardo Álvarez, em comunicado divulgado pela entidade.

Limardo, que venceu em abril o campeonato pan-americano de esgrima em Santiago, no Chile, na modalidade de espada, é uma das maiores influências esportivas na Venezuela, uma posição que alcançou graças à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Na esgrima também se destaca a equipe feminina de sabre, liderada pela pentacampeã bolivariana e ex-ministra do Esporte na Venezuela, Alejandra Benítez, e suas companheiras Shia Rodríguez, Milagros Pastram e Patricia Contreras.

Nestes Jogos Pan-Americanos, também se sobressai a participação da seleção masculina de basquete, que se classificou para o torneio da modalidade após bater a Argentina na final do Sul-Americano, disputado na ilha de Margarita no ano passado.

Entre outros atletas que devem brigar por uma medalha está a halterofilista Yaniuska Espinosa e a equipe masculina de softbol, além dos nadadores Carlos Claverie, Andreína Pinto e Albert Subirats.

Claverie vem de uma vitória nos 200 metros peito no Grande Prêmio do Arizona, nos Estados Unidos. Já Andreína, tetracampeã nos Jogos Centro-Americanos, acaba de conquistar sua terceira participação consecutiva nos Jogos Olímpicos, os do Rio de Janeiro, em 2016, enquanto Subirats defenderá a medalha de ouro nos 100 metros borboleta que conseguiu no Pan de Guadalajara, em 2011.

“Segundo a preparação que tivemos e levando em conta o histórico, a Venezuela deve ficar entre o sexto e oitavo lugares”, disse Álvarez.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, participou da apresentação dos atletas da delegação do país que irão a Toronto no dia 16 de junho e lhes presenteou com um tablet e um cartão de crédito do Banco da Venezuela.

“Estou lhes entregando a força moral, que não é mais do que sentir orgulho de ser venezuelano, sentir orgulho de usar esta camisa tricolor que nos faz voar como condores”, disse Maduro na cerimônia de apresentação dos atletas no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

Uma das maiores e mais lembradas conquistas da Venezuela nos Jogos Pan-Americanos aconteceu em Santo Domingo, em 2003, quando a equipe masculina de vôlei ficou com a medalha de ouro após bater o Brasil na final, que era o atual campeão mundial, uma enorme alegria para um país que naquele ano não contava com uma liga profissional desse esporte.

Na última edição em Guadalajara, a Venezuela somou 70 medalhas – 12 de ouro, 27 de prata e 31 de bronze – a mesma quantidade que conseguiu no Pan do Rio, em 2007.

No entanto, sua melhor participação nos Jogos continentais foi em 1983, quando a competição ocorreu em Caracas e a Venezuela ficou com 73 medalhas, 12 delas de ouro. 

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