Vida pessoal de atletas não preocupa Dorival: “futebol já é muito complexo”

  • Por Jovem Pan
  • 07/11/2014 11h26
O técnico Dorival Junior da SE Palmeiras em jogo contra a equipe do CR Flamengo durante partida válida pela vigésima segunda rodada do Campeonato Brasileiro Série A no estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu). São Paulo/SP, Brasil - 17/09/2014. Foto: Cesar Greco / Fotoarena Palmeiras/Divulgação Dorival Júnior evita comentar expulsão de Valdívia

Desde a chegada de Dorival Júnior, o Palmeiras vem espantando o fantasma do rebaixamento no ano de seu centenário. Sempre sereno, o técnico disse, em entrevista excluvisa à Jovem Pan, que não abre mão da disciplina no seu elenco. O treinador disse não se importar com a vida que o atleta leva fora dos gramados, mas que nenhuma atitude da vida particular do jogador pode afetar o ambiente do clube. 

“No Palmeiras não existe [cartilha escrita como na Seleção Brasileira de Dunga]. O que existe é um código natural, horário e disciplina. Eu não carrego muito nesses itens porque nós temos que cumprir os básicos e estes são cobrados, com certeza, no dia a dia do clube. Ela é obrigatoria em toda e qualquer entidade. O Palmeiras tem que se fazer respeitar, primeiro fazendo com que seus profissionais sejam respeitados e respeitem a instituição acima de tudo”, disse o comandante palmeirense.

Questionado sobre o comportamento dos atletas brasileiros em relação aos que atuam no exterior, Dorival disse ver muita distância entre as duas situações. “É muito diferente do futebol brasileiro. Aqui, uma mudança está começando de forma gradativa, que precisa ser mais drástica e rápida, mas vem acontecendo. Ela é necessária para que voltemos a ser respeitados no âmbito mundial”, opinou. 

Para o treinador, bastam poucas regras para manter o bom funcionamento de um lenco. “Trato muito da disciplina e do horário, eu não abro mão e é o suficiente para que eu possa ter um grupo focado e trabalhando”. Ele também negou ver problemas em cabelos, adereços ou questões de estilo nos jogadores. “O futebol já é muito complexo para se preocupar com coisas que não são muito convenientes, contudo, eu entendo e respeito aqueles que usam dessa maneira”, ressaltou. 

Quanto a vida pessoal dos atletas, o treinador disse que não vê a questão como um problema na hora de gerir o grupo. “A hora que ele saiu para fora do centro de treinamento ou do estádio a vida que ele leva não me importa muito, desde que não esteja interferindo aqui dentro. Cada um tem que ter sua vida, cada um opta por um caminho que seja bom e que seus direitos sejam respeitados”, finalizou. 

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