Vila Olímpica terá espaço para lembrar ataque em Nagasaki, diz prefeito
A Vila Olímpica, destinada aos atletas que participarão dos Jogos do Rio de Janeiro, terá espaço para lembrar o bombardeiro da cidade japonesa de Hiroshima, que completará 71 anos em 6 de agosto, conforme revelou nesta terça-feira o atual prefeito da cidade, Kazumi Matsui.
De acordo com o líder do governo municipal, o Comitê Olímpico Internacional (COI) enviou uma carta em meados de junho, informando sobre a iniciativa.
Além disso, o órgão aponta que faria os preparativos necessários para que os participantes da cerimônia de abertura compartilhem impressões sobre o ataque nuclear.
Matsui, anteriormente, havia solicitado ao COI que incluísse um minuto de silêncio no evento que celebrará o início dos Jogos Olímpicos, no dia 5 de agosto, no Maracanã.
A iniciativa, proposta pelo diretor criativo da cerimônia, Fernando Meirelles, foi descartada, pois a organização considerou que poderia ser interpretada como crítica aos Estados Unidos, que lançou bombas atômicas contra Hiroshima e Nagasaki.
“Ainda quero que se faça um minuto de silêncio, para que rezem por um mundo sem armas nucleares no outro lado da Terra”, insistiu Matsui, em declarações publicadas pela agência de notícias japonesa “Kyodo”.
Lançada em 6 de agosto de 1945 sobre Hiroshima, no fim da Segunda Guerra Mundial, a bomba atômica matou 80 mil pessoas de forma imediata, posteriormente, o balançou de vítimas chegou a 140 mil, ainda crescendo devido aos efeitos da radiação.
Três dias depois, ataque similar aconteceu contra a Nagasaki, o que resultou na rendição do Japão.
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